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Anitta troca farpas com Rick Bonadio após opinião sobre funk

Reprodução/Instagram

Treta! Depois de uma noite recheada de prêmios e apresentações no Grammy no último domingo (14), o produtor Rick Bonadio criticou a comemoração dos brasileiro depois de Cardi B apresentar o hit WAP, ao lado de Megan Thee Stallion, e colocar no final do show um trecho do remix da mesma canção, feito pelo carioca Pedro Sampaio.

"Já exportamos Bossa Nova, já exportamos Samba Rock, Jobim, Ben Jor. Até Roberto Carlos. Mas o barulho que fazem por causa de 15 segundos de funk na apresentação da Cardi B me deixa com vergonha", escreveu ele, no Twitter. Após a mensagem chegar ao conhecimento do público, o produtor virou alvo de críticas dos internautas e também de artistas, como Anitta.

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O nome de Rick virou um dos assuntos mais comentados na plataforma e ele até apagou a postagem, explicando em seguida sobre o que ele teria expressado.

"Não tenho nenhuma intenção de criar polêmica muito menos desmerecer o trabalho de ninguém. Espero que evoluam e entendam as críticas. Só aplauso pode ser alienação", disse.  "Eu sinto a necessidade de criticar algumas situações porque vejo uma alienação generalizada. O funk precisa evoluir. Os funkeiros precisam ousar evoluir musicalmente para crescer. Não se pode fazer o mesmo sempre porque isso dá certo. Meu post anterior não teve a intenção destrutiva", afirmou ele.

Continuando, Bonadio pontuou as composições do ritmo, reclamando da tendência a ser explícita quanto à prática sexual e afins. Vale lembrar que WAP, de Cardi B e Megan, é explicitamente sobre o prazer e o órgão sexual feminino.

"Não da pra aceitar que sempre a mesma batida com letras de put**** seja algo necessário ou a 'cultura do país'. De qualquer forma eu respeito todos do funk por suas batalhas e vitórias. Desculpem se ofendi, nunca é minha intenção."

Por fim, Rick decidiu dar umas dicas aos artistas do gênero. "O que eu espero é que ao fazer sucesso, o funkeiro busque melhorar, estudar música, letra e crescer musicalmente para então tornar o gênero crossover definitivamente, mas com qualidade."

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Críticas

 

Anitta não se segurou e rebateu as falas de Rick Bonadio. Hoje exportanto seu trabalho, trabalhando mais com o gênero pop, a cantora começou no funk, estourando com o sucesso Show das Poderosas. Portanto, defendeu o ritmo.

"Eu tenho uma sugestão top para você também. Escolhe um ritmo brasileiro à sua altura, faz uma música e exporta pro mundo. É facinho, rápido, de uma hora para outra, claro, não dá para começar com míseros segundos no Grammy. Quando você chegar lá a gente comemora com você", tweetou ela.

"Ah e sozinho, também… Não vale chamar um amiguinho pra unir forças e nem comemorar quando tem vitória de outro amiguinho. Aí, você conseguindo, eu vou faço uma campanha pra deixarem de ser meus fãs e serem seus", escreveu.

As trocas de ferpas continuaram, dessa vez com Rick defendendo-se.

"Nem faz sentido essa conversa, Anitta. Cada um na sua. Meu papel é criticar e forçar a evolução. Faço isso todos os dias dentro do estúdio há mais de 30 anos e sempre para o lado positivo. Não sou artista. Estamos em mundos completamente diferentes. Não disputo nada com você."

Mas não acabou por aí. Anitta voltou para revidar as falas do músico.

"Que sorte a sua que não está competindo nada comigo. Críticas construtivas vêm embasadas em estudo. Forçar a evolução é fazer alguma coisa, ao invés de tecer comentários negativos sobre quem está fazendo. Há mais de 30 anos no seu estúdio e não conseguiu exportar um ritmo do Brasil pro MUNDO sem que você estivesse ganhando dinheiro por isso. Que sorte que não está competindo comigo", debochou.

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Em outro momento, a cantora lembrou dos preconceitos que outros ritmos brasileiros receberam na época em que surgiram, como o samba.

"'Essa é a me*** que o Rio nos manda!"… 2021? Não! Apenas um dos milhares de comentários pejorativos dos 'entendedores' de cultura na época em que a grande Bossa Nova foi lançada. Será que já vi esse filme? Estudei, então já vi."

Quando Rick, então, falou que achava uma "mesmice" no funk, a dna do hit Vai Malandra mais uma vez refutou: "Mesma batida? Você deve ter parado de pesquisar desde seu último álbum de sucesso. Mesmas letras? Aceito. Porém infelizmente cada um canta uma letra compatível com o nível educacional e cultural que lhe é oferecido. Nesse caso, pelo governo brasileiro para com suas comunidades."

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