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Antes da morte, Tarcísio Meira foi alvo de haters na web. Veja!

Tarcisio Meira
Globo/João Miguel Junior

Nesta quarta-feira, 12 de agosto, o mundo da atuação está muito triste. Tarcísio Meira, de 85 anos, um dos maiores artistas da televisão e do teatro brasileiro, morreu, vítima de complicações da Covid-19. Glória Menezes, esposa do ator, também foi infectada pela doença, mas seu estado de saúde está em evolução.

Porém, em março deste ano, apesar de ser adorado por quase toda a população brasileira, Tarcísio Meira não passou ileso do ódio de alguns internautas, algo que vem se tornando corriqueiro nas redes sociais.

Ele fez uma publicação de uma foto antiga, ao lado da mulher, Glória Menezes, e foi atacado por haters, que não tiveram o menor pudor na rede social.

O artista compartilhou o print de uma das mensagens privadas que recebeu.

“Velho Miserável”.

“Está com o pé no caixão”.

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Diante das ofensas, o veterano ator se indignou.

“Por que tanto ódio? Isso é de entristecer”, disse.

Tarcísio destacou que há outros ataques do gênero e não parecem partir da mesma pessoa. Apesar de ficar triste com a situação, o artista não pretende deixar a rede social.

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APOSENTADORIA NA FAZENDA

Juntos e apaixonados há 58 anos, Tarcísio e Glória curtiam a aposentadoria na fazenda deles, no interior de São Paulo, desde que foram dispensados da Globo, em 2020, após 53 anos na emissora.

Em recente entrevista ao programa Conversa Com Bial, na ocasião da dispensa, Tarcísio destacou sua gratidão.

“Eu acho que a Globo está tomando novos e diferentes rumos, o que acho muito bom, acho ótimo. Agora, para nós mais velhos, o novo é sempre um desafio. Fizemos boas coisas, bons trabalhos, e temos a certeza de que fomos muito importantes para a Globo, e ela foi muito importante para nós. Nós devemos muito à Globo”, disse.

CARREIRA DE TARCÍSIO MEIRA

Nascido no dia 5 de outubro de 1935, em São Paulo, batizado Tarcísio Magalhães Sobrinho, o ator tomou emprestado da mãe o sobrenome Meira, que, além de ser mais sonoro, somava 13 letras com o primeiro nome – uma superstição da época. Quando jovem, queria ser Diplomata. Para sorte do público, porém, desistiu da ideia ao ser reprovado na primeira prova que fez para o Instituto Rio Branco, em 1957. No mesmo ano, estreou no teatro com a peça ‘A Hora Marcada’. Em 1959, fez seu primeiro espetáculo profissional, ‘O Soldado Tanaka’, convidado por Sérgio Cardoso.

Tarcísio estreou na TV no mítico ‘Grande Teatro Tupi’, um programa de teleteatro, onde contracenou pela primeira vez com Glória Menezes em ‘Uma Pires Camargo’, em 1961, de Geraldo Vietri. Os dois se casaram no ano seguinte. “Conheci Glória quando estava ensaiando uma peça dirigida por Antunes Filho. Eu a vi passar no palco e falei: ‘Que mulheraço! Que mulher bonita’”, contou em entrevista ao Memória Globo. Da união, nasceu, em 1964, Tarcísio Filho.

Em 1963, o casal trocou a Tupi pela Excelsior, onde participou da primeira novela diária da televisão brasileira, ‘25499 Ocupado’, de Dulce Santucci. No mesmo ano, fez o seu primeiro filme: ‘Casinha Pequenina’, com Mazzaropi.  

Na TV Globo, Tarcísio estreou em 1968, com a novela ‘Sangue e Areia’, de Janete Clair. A adaptação do romance do espanhol Blasco Ibañez escrita por Janete fez com que Tarcísio e Glória se tornassem um dos pares românticos favoritos do público. Também marcou o início de uma parceria duradoura: ele protagonizou mais seis novelas da autora. Outra parceria bem-sucedida de Tarcísio foi com Lauro César Muniz. A história do país serviu de cenário para ‘Escalada’ (1975). Nela, o ator viveu Antônio Dias, personagem que interpretou da juventude aos 70 anos, tendo testemunhado a construção de Brasília.

‘Irmãos Coragem’ (1970), novela na qual viveu o mocinho João Coragem, foi um dos maiores sucessos da fase preto e branco da TV brasileira. Para se ter uma ideia, o penúltimo capítulo da trama deu mais audiência que a final da Copa do Mundo. “Foi a primeira novela que os homens admitiam que viam. Até então, eles viam meio escondidos, porque novela era coisa de mulher”, explicou Tarcísio ao Memória Globo.

Seu último trabalho na emissora foi ‘Orgulho e Paixão’, em 2018. Na trama de Marcos Bernstein, inspirada na obra da escritora inglesa Jane Austen, ele viveu Lorde Williamson, pai do mocinho vivido por Thiago Lacerda. Em outros trabalhos recentes viveu ainda Fausto Leitão, em ‘A Lei do Amor’, e fez uma participação como o Coronel Jacinto, em ‘Velho Chico’, ambas em 2016.

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