Ator do Chaves é criticado por tentar entrar para a política

Por - 30/04/21

Reprodução/Instagram

O ator mexicano Carlos Villagrán, o inesquecível Kiko do programa Chaves, revelou que deixou de lado a ideia de buscar um cargo político, devido às fortes críticas que recebeu. O comediante afirmou que tentou entrar para a política este ano, mas a resposta do público foi negativa sobre suas intenções, por melhores que fossem. 

"Quando me inscrevi para ser governador de Querétaro, apenas me inscrevi, não estava lá oficialmente, no dia seguinte recebi várias menções sobre a minha mãe, meu filho, etc. Então, como não estou acostumado com esse tipo de coisa, fiz um breve comunicado, e disse: 'Por favor, peço que se unam e que sejamos um. E por favor, sejam felizes'", declarou o ator, que desistiu no dia seguinte. 

"A decisão foi tomada após ver comentários positivos e negativos sobre a minha candidatura, permitindo que eu entendesse que esse não é o meu caminho", expressou Carlos em um comunicado, onde reiterou que seu compromisso como cidadão é buscar sempre o bem-estar de todos. 

Villagrán também pediu respeito ao seu personagem no programa: 

"O que peço é respeito, porque Chaves foi muito bom. Toda minha vida me preocupei em não dizer nada errado, nada com duplo sentido, faço por respeito e peço o mesmo", comentou depois das críticas grosseiras que recebeu com a notícia de sua candidatura. 

Chaves no YouTube?

 

Segundo o ator Carlos Villagrán, que deu vida ao Quico no seriado mexicano Chaves, o programa, que deixou de ser exibido em agosto no mundo todo, poderia voltar como conteúdo do YouTube. O ator não especificou se existem negociações entre a plataforma do Google e o herdeiro dos direitos do programa, o filho do falecido Roberto Gómez Bolaños, o produtor Roberto Gómez Fernández,que interpretava Chaves. 

Depois que a Televisa decidiu não renovar o contrato para transmitir os episódios do Chaves (El Chavo del 8) depois de mais de 30 anos de transmissão ininterrupta, Fernández está buscando uma aproximação com plataformas mais modernas. 

Uma fonte contou também à revista Tvnotas que já estariam trabalhando na edição do programa para melhorar sua adaptação ao perfil da internet. 

Villagrán comentou que ele é um dos mais afetados com a decisão de tirar o programa do ar, porque deixou de receber pelas transmissões. 

"Quanto mais tempo ele [o programa] ficar preso, mais minha renda será afetada.", justifica o ator, acrescentando que a suspensão do seriado veio em um 'momento ruim', pois havia grande possibilidade de recuperação de grande audiência devido ao aumento do consumo de séries e filmes devido à pandemia da COVID-19. 

Além disso, com a saída da Televisa, perderam não só uma grande oportunidade no México, mas em toda a América do Sul, já que deixaram de exibir a série nos mais de 20 países nos quais a série havia se tornado um clássico do humor da televisão: 

"Todos ficaram indignados, aliás enviaram uma carta do Brasil dirigida à Televisa, ampla, extensa, total, absoluta, exigindo que voltassem a colocar o programa, justamente agora que precisam mais do que nunca porque estão dentro de casa, porque eles não podem sair, por causa da pandemia", contou. 

E o fim do contrato não foi novidade para Carlos Villagrán. Ele afirma que o contrato que Chespirito tinha assinado terminou este ano dia 31 de julho, e tanto a Televisa quanto Roberto Gómez Fernández não aceitaram as novas condições e valores da renovação, e por isso o filho do ator e criador da série, desistiu de fechar com a emissora.

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