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Atriz de Harry Potter critica J.K. Rowling após post polêmico

Reprodução/Instagram

No último final de semana, uma nova discussão tomou conta da internet por causa de uma publicação feita por J.K. Rowling, escritora da saga de livros Harry Potter, na qual ela foi acusada de transfobia.

No sábado (06), a autora compartilhou o que achava de um artigo intitulado “Criando um Mundo Mais Igualitário Pós-COVID-19 para Pessoas que Menstruam”, na qual demonstrou não ter gostado do nome.

“Tenho certeza de que existia uma palavra para essas pessoas. Alguém consegue me ajudar. Wumben? Wimpund? Woomud?”, afirmou ela no Twitter, fazendo referência as variações propositais da palavra woman, que significa mulher em inglês.

Por conta disso, ela recebeu uma chuva de críticas por parte dos internautas, com alguns fãs de Harry Potter lembrando da baixa representatividade que a obra de J.K. carrega.

"Mulheres trans são mulheres; mulheres que não menstruam são mulheres; homens trans que menstruam são homens. F***-se a J.K. Rowling", esbravejou outro internauta. "Você é uma pessoa esperta. Como você ainda não entendeu a diferença entre sexo e gênero? É incrivelmente decepcionante", afirmou mais um.

Katie Leung foi estimulada por estes apontamentos, sendo a primeira integrante do elenco a se pronunciar em relação à escritora e sua declaração, mesmo sem citar o nome dela.

“Então, vocês querem as minhas opiniões sobre a Cho Chang? Aqui vão elas…(thread)”, escreveu, junto com uma série de linkspara doações e organizações que oferecem suporte para a comunidade negra trans.

O primeiro link compartilhado por Leung é para uma vaquinha virtual voltada para mulheres negras trans sem-teto, enquanto o segundo é de um abaixo-assinado pedindo maior suporte das autoridades britânicas para mulheres negras trans no Reino Unido.

Já o terceiro, é um link da organização inglesa UK Black Pride. O quarto direcionava para a versão norte-americana da revista Vice, listando organizações que trabalham em prol de mulheres negras trans. Ao final, a hashtag#AsiansForBlackLives (cuja tradução seria “asiáticos pelas vidas negras”).

Lembrando que, após as críticas, J.K. Rowling veio a público para se defender.

"Se o sexo não é real, não há atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não é real, a realidade vivida das mulheres em todo o mundo é apagada. Conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo remove a capacidade de muitos de discutir suas vidas de maneira significativa. Não é ódio falar a verdade", constatou a artista.

“A ideia de que mulheres como eu, que foram empáticas a pessoas trans por décadas, me sentindo como uma aliada porque elas estão vulneráveis da mesma forma que mulheres – em relação à violência masculina – 'odeiam' pessoas trans porque acham que sexo é real e viveu as consequências disso é sem sentido"

"Eu respeito o direito de pessoas trans viverem de forma confortável e autêntica. Eu marcharia com você se você fosse discriminado por ser trans. Da mesma forma, minha vida me formou como uma mulher. Não acredito que esteja fazendo uma declaração de ódio em afirmar isso", concluiu ela.

Por sua vez, J.K. Rowling se defendeu das críticas

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