Cacá Carvalho recebe carinho de famosos em espetáculo

Depois de assistir ao lado do marido, Edson Celulari a apresentação do A Poltrona Escura, que reúne três contos do italiano Luigi Pirandello, encenado por Cacá Carvalho, a atriz Cláudia Raia comentou o que achou do desempenho de seu colega do elenco de Belíssima. O espetáculo, que valeu ao ator o prêmio Shell de 2004 em São Paulo, estreou no Teatro Poeira, em Botafogo, zona sul do Rio.

“O Cacá Carvalho é um ator único. Não apenas no Brasil como no mundo. Ele utiliza de todos os recursos vocais e físicos que não conheço nenhum outro ator que faça isso com o mesmo brilhantismo”, resumiu Cláudia Raia, contando que demorou a sair do teatro porque teve de ir ao banheiro.

“Estava quase fazendo xixi nas calças”, disse, sem a menor cerimônia.

Edson Celulari também era só elogios ao desempenho do intérprete de Jamanta da novela Belíssima. E lembrou que já teve a honra de dividir o palco por duas vezes com Cacá Carvalho, nos espetáculos Becket e Dom Juan.

Eu assisti o Cacá fazendo A Poltrona Escura em italiano, porque tive a oportunidade de ir à Itália na época em que ele estreou lá. A direção do Roberto Bacci, que é italiano, também é fantástica”, observou Celulari.

Marília Gabriela e Reynaldo Gianecchini que nunca tinham visto Cacá Carvalho no palco também estavam deslumbrados.

“Amei as duas coisas: o espetáculo e a atuação do Cacá que é absolutamente dotado de tudo que um grande ator necessita, porque sabe empregar voz e corpo de forma harmônica e corretíssima”, destacou Marília Gabriela.

Reynaldo Gianecchini lembrou que nunca tinha visto Cacá Carvalho nem no teatro nem na televisão veículo em que está tendo a oportunidade de contracenar com ele, uma vez que os dois formam a impagável dupla Paschoal e Jamanta na novela de Sílvio de Abreu.

“Quando ele fez o Jamanta pela primeira vez (em Torre de Babel, de 0000) eu era modelo e morava no exterior. Sempre soube que ele é um ator muito respeitado no teatro, mas também ainda não tinha tido a oportunidade de vê-lo atuando. E mais: não conhecia os textos de A Poltrona Escura, que são contos do Pirandello que nem têm tradução brasileira. Quero voltar para assistir o espetáculo a fim de absorver mais tanto o espetáculo quanto o trabalho do ator que demonstra ter recursos inesgotáveis no palco. Saio do teatro emocionado”.

Cauã Reymond também ficou maravilhado com os recursos físicos e vocais que seu colega de novela emprega no palco.
“É um trabalho completo. Valeu ter conhecido o texto e visto a atuação do Cacá. Se gostaria de fazer algo parecido? Coitadinho de mim, tenho que aprender muito. Primeiro quero fazer teatro com um grupo de pessoas legais, antes de arriscar qualquer coisa parecida com o que o Cacá faz”.

Vários outros amigos de Cacá Carvalho marcaram presença na estréia, como Tuca Andrada, Guilherme Weber, Lívia Falcão e Bianca Comparato, que se declararam fãs do ator, além das proprietárias do Teatro Poeira, Marieta Severo e Andréia Beltrão, felizes por terem acertado em mais uma atração no charmoso espaço que mantêm em Botafogo, na zona sul do Rio.

Ator agradece a Marieta e Andréia

“É a primeira vez no Brasil que estou fazendo teatro com todas as condições. Tudo graças a Marieta Severo e a Andréia Beltrão. Essas meninas me bancaram totalmente e me hospedaram no lugar mais chique do Rio que é o Copacabana Palace. O que mais posso querer da vida?”, brincou o intérprete de A Poltrona Escura, que durante a 1h e meia de espetáculo interpreta pelo menos 35 personagens, que falam sobre a condição humana e inspirados nos contos Os Pés Na Grama, O Carrinho De Mão e O Sopro.

Serviço
A Poltrona Escura
Texto de: Luigi Pirandello. Adaptação: Stefano Geraci. Direção: Roberto Bacci. Com Cacá Carvalho.
O ator interpreta três contos de Pirandello — “Os pés na grama”, “O carrinho de mão” e “O sopro” — que expõem o olhar lúcido do autor sobre a condição humana.
Teatro Poeira: Rua São João Batista 104, Botafogo — (21) 2537-8053.
Sex e sáb, às 21h. Dom, às 19h. R$ 40. 90 minutos. Até 30 de abril. 16 anos.