Caco Ciocler critica governo sobre veto às leis de incentivo: “Lógica burra”

Por - 25/05/22

Caco Ciocler critica governo sobre veto às leis de incentivo: "Lógica burra"Roberto Filho/Brazil News

Caco Ciocler foi um dos convidados do painel de Direção Audiovisual, realizado no Centro Cultural Cazuza, no 1º Festival de Cinema de Vassouras, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, 25 de maio.

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Lá, o ator criticou o atual governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre os vetos às leis de incentivo à Cultura. Aos jornalistas, o intérprete do psicanalista Gustavo, de “Pantanal”, procurou explicar por que as verbas para o setor são tão importantes ao país.

“O que as pessoas não entendem é que quando o projeto é contemplado com a possibilidade de captar recursos. A empresa, ao invés de pagar imposto, destina uma porcentagem para o projeto e assim acaba fazendo propaganda dela mesma, podendo se promover através da cultura”, começou.

“Mas muitas vezes os números assustam e as pessoas pensam. ‘Tudo isso de valor?’. Mas elas mal sabem que o valor não vai para o artista que aparece, tem uma equipe gigantesca sempre por trás. São equipamentos e maquinários, empregos gerados e muitas outras coisas que circulam em torno do projeto cultural”, explicou.

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“Existe uma conta feita e que vou dizer de uma forma meio maluca para não falar besteira: onde costumamos dizer que a cada um real investido através da Lei Rouanet, volta aproximadamente de três a quatro reais, e às vezes chega até a sete reais para os cobres públicos. É uma lógica burra este ataque às leis de incentivo. E é uma coisa que não é exclusivo da Cultura, as leis de incentivo é para incentivar o setor”, acrescentou o ator em sua explicação.

No início deste mês de maio, o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente a LeAldir Blanc. O texto previa repasses anuais de R$ 3 bilhões da União para estados, Distrito Federal e municípios. Como justificativa, Bolsonaro alegou que o projeto é “inconstitucional e contraria o interesse público”. As informações são da Agência Senado.

Em abril, Bolsonaro também vetou um projeto de lei, batizado de “Lei Paulo Gustavo”, que previa o repasse de R$ 3,86 bilhões em recursos federais a estados e municípios. A verba se destinaria ao enfrentamento dos efeitos da pandemia da Covid-19 sobre o setor cultural. O Congresso ainda pode derrubar o veto.

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