Cinegrafista da Globo é demitido após acusações de assédio sexual durante cobertura das Olimpíadas em Tóquio

Por - 20/07/21 - Última Atualização: 21 julho 2021

mikael fox segurando câmera cinematográfica(Reprodução: Linkedin)

A Rede Globo confirmou através de nota oficial que o cinegrafista Mikael Fox foi desligado da emissora após denúncias de assédio sexual contra duas funcionárias, também da Rede Globo, durante a cobertura das Olimpíadas de Tóquio 2020. Segundo apuração da UOL, o repórter cinematográfico teria passado a mão no corpo das produtoras que trabalhavam com ele.

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Confirmamos que o repórter cinematográfico Mikael Fox não faz mais parte do time de esporte da empresa”, declarou a Rede Globo em comunicado oficial.

Mikael teve seu retorno para o Brasil antecipado, com as acusações de assédio tendo ocorrido há dez dias, quando o cinegrafista ainda estava no Japão. A emissora não confirmou qual foi o motivo da demissão de Fox, alegando não comentar assuntos que envolvam ex-funcionários.

A Globo não comenta assuntos de Ouvidoria, mas reafirma que todo relato de assédio, moral ou sexual, é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento. A Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes“, completou a rede.

Já Mikael, também em entrevista para a UOL, negou todas as acusações.

O contato que teve foi tocar no ombro, coisa que normalmente acontece. Uma das produtoras eu conheço há anos, já fiz viagem de ficar um mês. Não teria capacidade ou coragem de assediar qualquer colega, não sei se fui mal interpretado. Não teve nada de assédio de qualquer tipo.”, afirmou.

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OUTRAS DENÚNCIAS DE ASSÉDIO NA EMISSORA

Uma bomba explodiu na semana do dia 9 de junho com relação ao Big Brother Brasil 21. Depois da denúncia de uma mulher, que acusa alguns produtores de assédio sexual, a TV Globo se manifestou sobre o ocorrido.

A Globo não comenta questões relacionadas a Compliance, mas o colaborador em questão não está mais na empresa. Aproveitamos para reiterar que temos um Código de Ética, que deve ser seguido por todos nossos colaboradores, e uma ouvidoria pronta para receber quaisquer relatos de violação ao Código. Todo relato é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento e as medidas necessárias são adotadas”, informou a emissora após o OFuxico entrar em contato.

O Caso

A denúncia veio à tona após Aline Vargas fazer um registro de ocorrência contra dois produtores do Big Brother Brasil por assédio sexual. Em entrevista ao Balanço Geral, da Record TV, ela contou que recebeu o contato de dois produtores que pediram fotos íntimas dela, com o intuito de ser aprovada na seleção para o reality show.

“Dentro de uma longa conversa, ele me pede uma foto pelada, um nude. Tenho todas as provas possíveis, tenho prints autenticados pela Justiça. Agora, nesse momento, estou mexendo com um tubarão, o programa que o Brasil abraça e ama”, disse.

Aline revelou que tentou entrar no reality show em 2020, passou por algumas seletivas, mas foi dispensada. Foi aí que veio o contato com os produtores.

Não desconfiei, pois o BBB também tem os famosos olheiros. Então, para mim, ele estava no papel de olheiro. Em meados de janeiro, que ele me chamou, disse que ia me acompanhar para entrar no BBB22. Fiquei em estado de choque, mesmo. Cheguei a ficar branca, estava com o meu marido ao lado”, contou.

Ela ainda lembrou que, como não cedeu às investidas, recebeu a negativa do funcionário, que revelou que, por ela ser casada, tinha poucas chances.

“Você tem poucas chances. Você é casada, não é um perfil que agrada. Porém, tudo é possível, boa sorte”, afirmou.

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