Coração preenchido! Vem saber como está a vida de Victor Hugo Teixeira

Por - 26/05/20

Reprodução/Instagram

Resiliência, determinação, altruísmo e bom humor. Ao longo de mais de 40 minutos de bom papo, foram essas as palavras que vieram à cabeça para sintetizar a personalidade de Victor Hugo Teixeira. Se durante os 50 dias em que ficou confinado na 20ª Edição do Big Brother Brasil o maranhense foi por vezes mal interpretado, fora do confinamento ele entendeu que tudo foi mais um grande aprendizado. E fez valer a oportunidade transformando algumas características que desconhecia.

"Eu me vi, de fato, num turbilhão, ao sair e identificar que as pessoas viam em mim algo que nem eu sabia. Perceber que situações por mim como brincadeira, soaram tão mal aqui fora. Hoje sou mais melindrado. Me tornei mais seletivo nas ações. Cresci em vários aspectos. Identifiquei outros em que pude melhorar e potencializei outros tantos", disse ele, em entrevista exclusiva ao OFuxico.    

De visual repaginado – ele descoloriu, chegando ao louríssimo para então definir um tom acinzentado – o psicólogo seguiu indicação de seus fãs.

"Eles que sugeriram, eles me passam vários desafios, sempre quero fazê-los e um deles era pintar o cabelo de louro. Resolvi juntar o útil ao agradável, e resolvi deixar o cabelo do jeito que eu quero, que é esse tom que está agora. Como eu ia ter que descolorir, já fiz a foto que eles queriam, de louro. E aí, em seguida, eu pintei e estou adorando. Já tive cabelo de todo jeito, topete, já fiz progressiva… cabelo é a alma!", disse.

De volta ao ofício de psicólogo, o profissional tem trabalhado bastante nesta quarentena, atendendo principalmente pessoas carentes. Sua agenda de consulta online está disputadíssima.

"Semana passada retomei a minha carreira de onde ela tinha parado, peguei mais firme nas coisas do Mestrado para poder terminar logo e defender minha tese, e comecei a atender na clínica online. Fiquei impressionado é muita demanda de coronavírus, percebi que tinha que fazer alguma coisa por essas pessoas. Recebo muitos email de agendamentos e algumas pessoas falavam: 'não tenho condições financeiras, mas estou precisando muito de atendimento'.  Resolvi atender todas as pessoas que estão ligadas de alguma forma com a Covid-19."

Da casa de seus avós, em Imperatriz, no Maranhão, o ex-BBB atende o dia inteiro. São pessoas com os mais diversos problemas.

"Tem aqueles que perderam familiares, outros que tiveram alguma complicação como perda de emprego, de um relacionamento. Todos com demandas relacionadas ao tema, resolvi atender de graça. Estou atrás de mais profissionais para me ajudar nesta campanha. Fico agoniado, acho que isso que estou fazendo é o mínimo, se eu não tivesse entrado no Big Brother, estaria no hospital, em São Paulo, onde moro."

Também profissional da Saúde Pública, Victor Hugo estaria na linha de frente, se não tivesse participado do reality.

"Lá na USP eu já era muito envolvido. Estando aqui do lado de fora, vejo que se eu for muito para campo posso até atrapalhar, em vez de ajudar, por ser agora uma figura pública. Hoje, por exemplo, fui buscar meu auxílio emergencial no banco, várias pessoas ficaram buzinando, gritando meu nome, foi lindo eu nunca tinha passado por essa experiência. Quando saí do programa foi um pouco mais dramático, mas as coisas mudaram muito, tenho ganhado presentinhos, está bem legal", destacou.

Assexualidade e coisas do coração

O que está ótimo, também, é o coração de Victor. Ele, que no confinamento chamou a atenção ao revelar sua assexualidade – algo pouco conhecido pelas pessoas – está conhecendo alguém. E com direito a cupido!

"Amor carnal, nunca senti. Mas tem umas pessoas que a gente acaba conhecendo, que chamam a nossa atenção e a gente quer conhecer mais. Agora, por exemplo, estou conhecendo uma pessoa que está sendo bem legal. Estou meio na dúvida, é uma coisa de cada vez"

Sem citar o nome da pessoa que está conhecendo, Victor Hugo contou que foi uma colega de confinamento quem o incentivou.

"Gizelly, dando de cupido! Eu quero muito me apaixonar, gosto de sentir que tem alguém comigo, é uma coisa que busco. Na minha vida inteira nunca me apaixonei de verdade. Nas vezes que achava que estava apaixonado, via que não era bem isso. Era um carinho, uma devoção, talvez. Eu quero me apaixonar."

Por enquanto, a aproximação é virtual. Mas assim que a quarentena acabar, eles pretendem se encontrar.

"É virtual. É um cara, a gente vai se conhecendo aos poucos. A Gizelly deu a dica, fez o caminho e a a gente está conversando. Ainda não considero nada."

Victor Hugo contou que somente há dois anos, quando ingressou no Mestrado, é que se descobriu assexual.

"Eu achava que era hetero, que era gay, que era nada, achei tantas coisas. Até que um dia entendi. Assexual é uma pessoa que sente pouca ou nenhuma atração sexual. Eu adoro falar sobre sexo, pesquisar, entender. Percebi que me encaixava nisso, já me coloquei em algumas situações pré-sexual (o "quase lá") e não me sentia à vontade. Era uma coisa que fazia por pressão social e não porque eu queria. Estava ali com uma menina porque a sociedade dizia que em algum momento eu tinha que fazer sexo. Sou bi-romântico. Nunca me envolvi com homens, até hoje não tive essa experiência. Já saí com meninos, fui a encontros, vários rolês, vejo o quanto o homens tem mais atitude, é mais legal porque com a mulher você que tem que tomar a iniciativa. Eu estou descobrindo tudo!"

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