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Família de Gugu Liberato fala sobre a importância da doação de órgãos

Reprodução Record TV

No próximo dia 22 completa um ano da morte de Augusto Liberato. Em função disso a Record TV está fazendo uma série de homenagens ao apresentador.

O Jornal da Record desta quarta-feira (18) fez uma reportagem especial sobre doação de órgãos e lembrou que a família de Gugu cumpriu o desejo de doar seus órgãos após sua morte. A equipe do jornal entrevistou, com exclusividade, dona Maria, a mãe, e Aparecida e Amandio irmãos do comunicador.

“Ele já tinha comentado com a gente sobre a vontade de querer doar seus órgãos. Ele me disse que queria: ‘Quando morrer vou querer doar os órgãos. Quero fazer o bem para outras pessoas”, contou a irmã.

A reportagem ainda enfatizou a generosidade da família que, mesmo em um momento muito delicado e triste, autorizou a doação.

“Era uma situação bem difícil. Foi uma perda muito dolorosa. Foi uma decisão tomada ali mesmo no hospital, depois de já reconhecia morte encefálica. Vieram nos procurar. É um órgão, que é associado ao hospital, é quem cuida dessa parte de doação. Eles são responsáveis por conversar com a família”, lembrou Aparecida.

“Todos do hospital param onde estão para ver o corpo do doador passar. É uma espécie de homenagem de gratidão ao doador. É muito bonito isso e emocionante mesmo”, disse Amândio

Dona Maria contou que ganhou um xale como forma de carinho pelo ato de generosidade. A peça é feita por um grupo de senhoras do próprio hospital e sempre como um símbolo de acolhimento à família do doador.

Os órgãos de Gugu puderam atender até 50 pessoas, mas a mãe confessa que não foi nada fácil assinar a autorização.

“Eu nem queria assinar. Achei que ele iria ficar deformado. Depois me falaram que ele queria doar. Aí assinei. Me disseram que ele iria ficar igualzinho como ele era. Eu digo: ‘As pessoas que quiserem doar, que elas não tenham medo de que a pessoa não vai ficar deformada.’ O Gugu ficou igualzinho como ele era”, contou.

Gugu Liberato é lembrado em homenagem a doadores, na Florida

A doação dos órgãos após a morte do apresentador serviu de incentivo para muitas pessoas, que fez o número aumentar quase de 7% no Brasil neste último ano, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes.

O jornal mostrou que a família de Gugu vai iniciar uma campanha nacional para incentivar a doação de órgãos: #GuguVive. Os irmãos e filhos do apresentador gravaram vídeos que farão partes dessa campanha.

“É importante que as pessoas expressem esse desejo de doar antes de morrer. E que os familiares possam cumprir esse desejo da pessoa que falece. Para que, cada vez mais gente possa sobreviver com esses órgãos”, lembrou Aparecida.

“Quando houve essa decisão, não que a gente passasse a gostar mais dele, porque seria impossível, mas admirar. É uma atitude lindíssima”, falou o irmão.

E a mãe conta que, mesmo um ano após sua morte, ainda sente a presença do filho ao seu lado.

“Sinto ele perto de mim todos os dias. De noite, deitada, parece que sinto cheiro na cama e penso, até falo: ‘Estás aí, meu filho?’”, disse.

Como Gugu morreu nos Estados Unidos e, devido à distância e tempo de viagem, nenhum dos órgãos dele pode ser doado a um brasileiro. Em função disso, Dona Maria contou que gostaria de realizar um grande desejo

“Conhecer a pessoa que está com o coração dele. Abraçar e sentir o coração dele batendo. Já pensou que coisa linda isso?”, revelou.

Família lança campanha #GuguVive

Record TV traz semana de homenagens a Gugu e campanha #GuguVive

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