Famosos dão um basta em ataques virtuais na esfera judicial

Por - 08/04/20

Reprodução/Instagram

As redes sociais ganharam cada vez mais destaques no mundo moderno. Um espaço democrático, que mudou a comunicação entre as pessoas, entretanto, pode tornar-se uma tremenda dor de cabeça se mal utilizada, no impulso das emoções afloradas ou na hora de realizar ataques por meio de ofensas graves.

Famosos são os mais atingidos pela notoriedade de suas personas. Nesta semana o caso mais recente foi o da atriz Bruna Marquezine, que foi difamada na web.

Conversamos com Sandro Caldeira, especialista no assunto que esclareceu o tema na esfera criminal:

“O mundo, como sabemos, está cada vez mais conectado. Atualmente, a vida das pessoas está interligada à internet, fazendo, assim, com que qualquer pessoa possa ser vítima de crimes praticados por meio das redes sociais. Entretanto, esse assunto ganha maior visibilidade quando um famoso se torna vítima de um desses crimes. Em razão da grande exposição nas redes sociais, os famosos tornam-se vítimas de diversos crimes, tais como: crimes contra a honra (calúnia, injúria ou difamação), invasão de dispositivo eletrônico (criado pela chamada popularmente de Lei Carolina Dieckmann), vazamento de fotos e vídeos íntimos, assim como crimes de preconceito, tais como o racismo”, iniciou o Professor de Direito Penal que completou:

“A prática de crimes virtuais ainda é muito comum justamente pela falsa percepção que o computador não poderá revelar a identidade dos evolvidos, o que não é verdade. Como fazer para se proteger? O primeiro passo, após ser vítima de qualquer crime virtual, seja qual for a modalidade, é procurar uma Delegacia da área onde mora ou uma Delegacia Especializada em Crimes Eletrônicos. Importante lembrar que o registro de ocorrência também pode ser feito virtualmente através do site da Polícia Civil – Delegacia Online : www.dedic.pcivil.rj.gov.br”, pontuou o também Delegado de Polícia.

Veja os famosos que não se calaram e foram atrás de seus direitos:

Bruna Marquezine

 

Cansada de ser hostilizada por um perfil falso na rede social, a atriz Bruna Marquezine buscou ajuda na esfera judicial para combater tal crime. A assessoria judicial da artista se pronunciou: "Apresentamos denúncias contra aqueles que fizeram comentários insensatos e maliciosos contra Bruna Marquezine sob 'desrespeito' e 'difamação devido a informações falsas", dizia parte da carta, publicada no Twitter.

Bruna Marquezine

Petrix Barbosa

 

Petrix Barbosa, um dos participantes do Big Brother Brasil 20, foi acusado de assédio sexual, após tocar nos seios de Bianca Andrade, a Boca Rosa, que integrou o reality show da Globo. Em seguida, os internautas notaram que ele havia esfregado a genitália em Flayslane, outra sister do programa. Contudo, a família do ginasta não acredita que o atleta cometeu tais atos e medidas judiciais foram tomadas para processar por calúnia, todos os internautas que o acusaram na web. Eles adotaram o seguinte lema: “Quem falar, agora vai ter que provar.”.

Petrix Barbosa

Cris Vianna

 

Cris Vianna, que está na reprise de Fina Estampa, registrou denúncia na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), em 2017, após ser alvo de ataques virtuais. O caso foi registrado como injúria por preconceito. A atriz se manifestou na época: “São covardes com mentes limitadas, incapazes de enxergar e aceitar que somos todos, com as nossas diferenças e peculiaridades, dignos do mesmo respeito. A essa minoria cega e burra, minha pena.”. 

Cris Vianna

Bruno Gagliasso

 

Em 2017, o Brasil ficou perplexo ao ver tamanha crueldade da socialite Day McCarthy, atacando uma criança em suas redes sociais. Tratava-se de Titi, filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. A menina foi chamada de macaca, entre outros insultos. Bruno prestou queixa e, juntos de seus advogados, se encaminhou à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro e prestou queixa contra criminosa.

Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank e Titi

Tati Quebra Barraco

 

Uma das funkeiras mais polêmicas do país, Tati Quebra Barraco foi à delegacia prestar queixa contra usuários da web, que expuseram nas redes sociais, imagens de seu filho, Yuri, morto em uma operação da polícia na comunidade Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.

Tati Quebra Barraco

Patrícia Pillar

 

Patrícia Pillar processou de uma única vez, quatro internautas que a ofenderam em 2017, após a artista defender a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, nas redes sociais. A atriz prestou queixa na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), no Rio de Janeiro.

Patrícia Pillar

Ludmilla

 

Depois de sofrer seguidos ataques racistas na internet, novamente, por meio de perfis fakes na web, Ludmilla não deixou barato e prestou queixa na Delegacia de Repressão a Crimes da Internet (DRCI), do Rio de Janeiro, em 2016. Na época a funkeira se manifestou: "Estou muito triste com o que aconteceu e meu escritório irá tomar as medidas necessárias para que esse crime não fique impune e não se repita com outras pessoas. O racismo envolve preconceito e discriminação. Temos que dar um basta a qualquer tipo de preconceito e não podemos permitir essa falta de respeito e amor ao próximo.”.

Ludmilla

Negra Li

 

A cantora Negra Li foi uma das incansáveis vítimas de ataques racistas na web. Em 2016, a artista teve seu site oficial hackeado. Na época, um cibercriminoso invadiu sua página online, postou a imagem de um macaco com diversas ofensas e ainda compartilhou dados pessoais dela no Twitter.

Negra Li

Taís Araujo

 

Taís Araujo foi outra vítima de comentários racistas na web. Em 2015, a atriz de Amor de Mãe registrou queixa na Polícia do Rio de Janeiro. Na época, a esposa de Lázaro Ramos comentou: “Não vou me intimidar. Tampouco baixar a cabeça.”. 

Taís Araujo

Henrique Fogaça

 

O Chef Henrique Fogaça moveu um processo na Justiça contra um hater, que em 2014, atacou sua filha Olívia, que é portadora de necessidades especiais. O perfil falso intitulado Paco Suesa sugeriu que o jurado do MasterChef esfolasse a menina que tinha menos capacidade mental que porcos. Quanta maldade, né?

Henrique Fogaça

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