Fátima Bernardes critica manifestação no Rio e lamenta falta de empatia

Por - 24/05/21

Reprodução/Instagram

Fátima Bernardes terminou o final de semana com uma reflexão a pandemia no Brasil. No Instagram, a apresentadora criticou a aglomeração provocada pela manifestação convocada por apoiadores e aliados de Jair Bolsonaro. No último domingo (23), o presidente participou da carreata puxada por vários motoqueiros que cortou vários pontos da cidade. 

Fátima compartilhou um registro do evento e lamentou a falta de empatia e humanidade diante de um momento tão marcado por perdas no país. 

"Essa postagem não é partidária. É solidária. Meu carinho e meu respeito à dor de quase quinhentas mil famílias que perderam seus amores nessa pandemia. Vocês não estão sozinhos. Hj, diante dessa manifestação festiva que aconteceu o Rio de Janeiro, a minha cidade, são muitas pessoas – como eu – sem entender o motivo da comemoração, a falta de empatia. São muitos os que estão perplexos, tristes e até com vergonha. A falta de humanidade também dói e também mata", escreveu ela, que recentemente elogiou o novo visual do ex-marido, na legenda do post.

Recentemente, os apoiadores do presidente atacaram a atriz Maria Flor devido aos seus posicionamentos contra o governo. A atriz revelou ter recebido uma corrente de ódio, fake news e até ameaça de morte.

Maria Flor recebe ameaças de defensores de Bolsonaro

Maria Flor é uma mulher pequena na estatura e leve no peso. São 1,60m de altura e 49 quilos, mas que de nada impedem que ela se torne um mulherão em suas convicções. Sem medo de críticas, a atriz de 37 anos faz questão de se posicionar sobre temas diversos, entre eles, a política.

Durante a pandemia, a atriz expressou sua revolta com o governo federal criando a personagem Flor Pistola, que dá expediente em seu perfil no Instagram.

“Estava cansada de não usar a internet com aquilo que acredito, falando sobre assuntos que me incomodam, que me deixam indignada. Por isso inventei a Flor Pistola. Muita gente não entende que é uma personagem. Como ela não tem uma caracterização, confundem comigo. Mas não acho de todo ruim, não me sinto incomodada por isso”, disse Flor ao Caderno ELA, do jornal O Globo.

“A Flor Pistola não sou eu, mas tem a indignação que eu tenho sobre alguns assuntos. Confesso que ela me salva. É tanta notícia ruim que a gente está ficando entalado. É bom colocar para fora. Esse governo não nos dá um dia de paz”.

Por conta disso, a artista tem enfrentado um tsunami de ódio, fake news e até ameaças de morte por causa dos comentários sobre o presidente Jair Bolsonaro.

“Recebo uma enxurrada de ataques. Já pegaram a minha foto e colocaram em vários perfis bolsonaristas. Você nota que tem uma organização para aquilo se espalhar com velocidade. Quando inventei a personagem, sabia que poderia ser atacada, mas não imaginava que fosse tão agressivo”.

“Conseguiram meu celular e me mandaram um recado por aplicativo de mensagem, dizendo que sabiam onde eu morava… Fizeram, inclusive, ameaças de morte. Também inventaram que a minha produtora, a Fina Flor Filmes, fez uma captação de 10 milhões pela Lei Rouanet e que eu tinha sumido com o dinheiro”, contou.

Na vida e na arte

Foi também durante a quarentena que a atriz finalizou o livro “Já Não Me Sinto Só”, romance lançado no mês passado pela editora Planeta. Entre as gravações do canal Flor e Manu, que mantém na internet com o marido, o ator Emanuel Aragão, para falar sobre relacionamento e sexualidade, e da novela “Um Lugar ao Sol”,

Na trama que vai ocupar a faixa das 21h, Maria Flor vai interpretar uma manicure vítima da violência doméstica. Experiência que ela revelou que conhece bem.

“Suportei ofensas e discussões que hoje em dia sei que extrapolaram o limite do respeito. Toda mulher passa por uma experiência machista na vida. Já tive namorado que me diminuiu, controlou o horário que eu chegava em casa, a minha roupa, a quantidade de bebida, com quem dançava na festa… O machismo básico que existe na sociedade”.

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