Felipe Bronze sobre final do Top Chef: ‘Não tem moleza’

Por - 29/09/20

Divulgação/Antônio Chahestian/Record TV

Na próxima sexta-feira (2), acontece a grande final do Top Chef, reality culinário exibido pela Record TV. A disputa é entre César Scolari, Lara Carolina e Luciana Berry.

Em uma entrevista exlusiva para o OFuxico, Felipe Bronze, apresentador do programa comentou sobre os diferenciais do Top Chef.

"Temos um componente que muda muito a percepção e a dinâmica de todos outros realities, que é a convivência. A gente consegue descobrir quem são aquelas pessoas, quem são os seres humanos por trás dos cozinheiros. A gente entende também como é a criação dos pratos, como eles pensam em gastronomia, como eles pensam a vida. E eu sou um interessado pela natureza humana. Isso faz o Top Chef ser diferente de todos os outros", disse ele.

O apresentador também falou das provas do programa. 

"As provas do Top Chef não têm moleza. Tem resistência, sabedoria, conhecimento técnico, versatilidade. No nosso programa, não adianta ser bom em uma coisa só".

Felipe revelou que também fica ansioso para a final, principalmente a desta temporada, que foi bastante difícil por conta da pandemia do novo coronavírus.

"Eu fico super ansioso. Essa temporada foi uma temporada completamente diferente. A gente começou o programa em um mundo e vai terminar em outro mundo. As gravações foram interrompidas. Os chefs voltaram com mais gana ainda de vencer, nós voltamos com mais gana de fazer um programa incrível. Foi muito emocionante gravar a final, foi difícil de conter a emoção depois de tudo que a gente viveu nesses meses", contou.

Dono de dois restaurantes, Oro, no Rio de Janeiro, e Pipo, em São Paulo, Felipe falou de como consegue conciliar todas as funções.

"Time. Eu sou uma pessoa de time. Eu sou uma parte da engrenagem. Eu tenho gente incrível. Se eu não tivesse times espetaculares, acho que eu não poderia fazer nem uma dessas coisas".

César, Lara e Luciana são os três finalistas do Top Chef Brasil, da Record TV

Pandemia

 

Por conta da pandemia do novo coronavírus, os restaurantes precisaram ficar fechados por um tempo. E mesmo agora, com a liberação, as coisas não voltaram ao normal.

"Estamos vivendo uma coisa bem diferente. As pessoas precisaram ficar bastante tempo em casa e quando foram liberadas, não podem se aglomerar. Os restaurantes ficaram com capacidade reduzida, barreiras físicas. Pouca gente indo, claro que isso impacta nas finanças do setor. Os restaurantes estão longe de estar com essa questão resolvida", afirmou.

Quarentena

 

Felipe comentou sobre o período de quarentena e revelou que aproveitou para ficar com o filho Antônio.

"Definitivamente, eu não posso reclamar da quarentena. Sou privilegiado, trabalhei muito. Consegui ficar na minha casa bem assistido, sem problemas. Eu aproveitei esse tempo para ficar com meu filho. Cozinhei muito em casa, coisa que eu não fazia há muito tempo", falou.

Apesar disso, a quarentena não deixou de ser um momento triste. 

"Não dá para falar que a quarentena foi um momento de reflexão com tanta gente morrendo, tanta gente falindo, tanta gente em dificuldade. É um momento sombrio da nossa existência. Eu não posso reclamar da minha quarentena, especificamente, mas isso não me cega os olhos para o que está acontecendo no mundo. É triste".

Conselhos

 

Para finalizar, Felipe Bronze revelou o que considera mais importante para quem pretende seguir a carreira na cozinha.

"Persistência. Eu acho que o chef de cozinha precisa, antes de mais nada, ser resiliente.  Ter paciência. É uma profissão que você vai aprendendo com os anos. A gente trabalha muito, tem que abrir mão dos finais de semana. Enquanto seus amigos estão saindo para se divertir, você está trabalhando", disse ele.

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