Filme de Marieta Severo e Everaldo Pontes fala da morte e da solidão de quem fica

Marieta Severo tem novidades. Acaba de ser divulgado um novo “teaser” do filme “Noites de Alface” no qual contracena com Everaldo Pontes. O longa foi filmado na pequena cidade de Paquetá, no Rio de Janeiro, lugar que ficou famoso pela praia da Moreninha, personagem da novela homônima baseada no romance de Joaquim Manuel de Macedo. no Rio de Janeiro e sua estreia está programada para 24 de junto.

O longa produzido pela  Afinal Filmes foi  rodado em 2018 mas só agora será lançado. Na trama Ada (Marieta Severo) e Otto (Everaldo Pontes) vivenciam o mistério do desaparecimento do carteiro Aidan (Pedro Monteiro).

Ada e Otto estão juntos há mais de 50 anos quando ele é surpreendido pela morte da esposa. Daí pra frente ele passa a viver recluso na casa amarela onde o casal viveu e tenta superar a perda e a solidão. Sua vida se passa entre livros de suspense, lembranças e o hábito de espiar pela janela a rotina dos vizinhos. Após a morte de Ada sua maior preocupação é desvendar o mistério do sumiço do carteiro da cidade.

O elenco conta ainda com João Pedro Zappa, Teuda Bara, Inês Peixoto e Romeu Evaristo. Direção de Zeca Ferreira, produção de Alexandre Rocha e Marcelo Pedrazzi, da Afinal Filmes, coprodução do Canal Brasil e distribuição da Pipa Pictures.

O Livro

Noites de alface é um romance que trata de perda, solidão e das convivências diárias triviais, às quais se pode resumir e encerrar uma vida inteira. Até a inesperada morte de Ada, com quem Otto estava casado há mais de 50 anos, os dois compartilhavam cada detalhe de sua rotina banal: a disputa do pingue-pongue, os cuidados com o jardim, o preparo de couve-flor à milanesa, as longas noites de documentários sobre o reino animal.

Agora, a solidão de Otto ocupava uma "casa de gavetas vazias". Arrasado, ele se recusa a interagir com os habitantes da minúscula cidade onde mora. Refugiado na casa amarela onde haviam morado tanto tempo juntos, Otto tenta ruminar sozinho o passado. Mas a cada contato com os conhecidos da vizinhança, parece mais convencido de que, apesar da sutil normalidade, há um mistério no ar, que acaba por preencher sua vida vazia sem Ada. Pouco a pouco, inspirado pelas séries policiais que adora, Otto vai juntando pistas de um mistério, um incidente obscuro que a comunidade procura ocultar.

Sua insônia vai piorando; as noites são cada vez mais longas. Talvez a esposa estivesse envolvida. Ou talvez Otto é que esteja ouvindo coisas. Entre ruídos de liquidificador, latidos, discussões e chineladas, o suspense vai encurralando o solitário morador da casa amarela, que precisa decidir se quer ou não saber a verdade.