Geisy Arruda: ‘Sexo é um parque de diversões infinito’

Por - 17/06/20

Reprodução / Instagram

Geisy Arruda está aproveitando a quarentena para trabalhar bastante. Em entrevista exclusiva para o OFuxico, a influenciadora digital e escritora de contos eróticos contou que está com um novo trabalho prestes a sair do forninho: seu segundo livro, Desejo Proibido. 

Mas nem tudo são flores. Durante o bate-papo, ela confessou que os dias de isolamento social têm sido bem complicados, principalmente para escrever sobre sexo, já que fica bastante deprimida com as notícias e a situação do mundo. 

"Estou há mais de 80 dias de quarentena, porque moro com meus pais, que são do grupo de risco. O isolamento social, a quarentena, tem sido um grande problema para mim, uma grande luta, porque eu sempre gostei de viajar. Inclusive, meu aniversário foi dia 5 de junho agora e eu acabei fazendo uma live proibidona para não passar essa data em vão e para que eu não ficasse triste em casa. Eu sou uma pessoa extremamente comunicativa, gosto de sair, gosto de uma hora estar aqui, outra hora estar ali, e estar trancada dentro de casa me afeta emocionalmente. Não saber do meu futuro, não termos uma vacina para a COVID-19, não termos uma previsão de fim… isso é um tormento. Mas, mesmo com tudo isso, ainda assim consegui, com muito custo – porque teve dias que não conseguia produzir nada –, escrever o meu segundo livro. Terminei na semana passada, fiz as fotos e já está na parte de produção, tratamento de fotos e tudo mais. Demorei cerca de dois meses para fazer esse segundo livro no meio da pandemia, foi bem difícil. Tinha dias que eu não conseguia pensar em nada relacionado a sexo e put*ria, porque eu estava muito triste com as notícias, com o número de mortes, enfim… Mas tinha dias que eu tomava um vinho, ficava sem ver noticiário uns dois, três dias para não absorver as notícias e tentava me concentrar para escrever. E consegui", contou ela. 

A previsão para o livro chegar ao público é no final de junho ou, mais tardar, no começo de agosto. Geisy está ansiosa para que seus leitores possam conferir a novidade e está com as expectativas altas para ele. 

"Espero que as pessoas gostem, pois foi feito diferente do primeiro livro, foi feito no meio de uma pandemia… Foi bem difícil. Cada conto que finalizava era uma vitória. Estava muito triste, abatida por conta de tudo, mas consegui graças a Deus e está aí, feito com muito amor, por isso espero que todos gostem", declarou. 

Uma curiosidade sobre seu projeto é que ela mesma assina tudo. Desde os textos às fotos, inclusive da capa, são de sua autoria e, claro, protagonizadas por ela. Tudo é pensado com muito carinho para seus fãs e Geisy gosta de estar presente em todas as etapas. 

“Todas as fotos, desde a capa e o recheio, são minhas. Eu que ilustro meu livro. Eu gosto da ideia, acho que contos eróticos têm que ter foto, porque senão fica aquela coisa só de ler, ler, ler, e acho que tem que ter ilustrações. Fica mais interessante. Então eu mesma assino as fotos e os contos", revelou. 

Além de toda essa produção, a escritora ainda conta com uma pesquisa e um estudo bem aprofundado antes de botar a mão na massa. Para seus contos, sua inspiração vai bem além de suas próprias experiências e ela sempre vai atrás de coisas novas. 

Geisy entrevista pessoas, frequenta novos lugares, experimenta novas coisas às quais não era acostumada, pergunta aos seus leitores o que eles gostariam de ler… Tudo para que fique o menos limitado possível. 

"Por mais que eu seja uma mulher livre, sexualmente falando, e goste muito de sexo, não fiz tudo na minha vida, infelizmente. Ainda tem muita coisa para experimentar. Eu costumo dizer que sexo é um parque de diversões infinito. Sempre tem algo novo, algo a se experimentar, um fetiche, uma posição, ou qualquer outra sensação. Então não são só as minhas inspirações que entram no meu livro, entram também coisas que eu admiro, coisas que eu gostaria de fazer, entram coisas que esteticamente eu acho bonito e também, claro, entram o que meus seguidores querem ler. Não sou hipócrita, também tenho que escrever o que as pessoas querem ler. Então sempre faço uma pesquisa sobre o que meus seguidores gostariam de consumir de contos – por isso sempre entra sexo anal, ménage, sexo lésbico, esses têm que ter, porque a galera sempre pede muito. Meu segundo livro, por exemplo, tem podolatria, que me pediram. Sobre homens que têm prazer com pés, não precisam nem de penetração. O conto chama Pé de Diaba. Como escritora, também comecei a frequentar bar fetichista e acabo convivendo com pessoas do BDSM, que é a galera que curte uns fetiches não tão tradicionais, como submissão, dominação, shibari… Também fiz um conto sobre cinto de castidade, que protege as partes íntimas do homem ou da mulher e só o ‘dono’ da pessoa tem a chave no pescoço e só ele pode abrir e fechar o cinto. Eu nunca tinha tido a experiência, mas encomendei um cinto para que eu pudesse usar por um tempo para entender melhor a sensação, conversei com amigas minhas que usam… Então, por mais que o cinto não faça parte da minha vida, acho ele extremamente relevante e interessante para que esteja no meu livro. Aí o que eu faço? Faço uma pesquisa, compro o cinto, visto o cinto, entrevisto pessoas que tenham o cinto como estilo de vida, para que assim eu tenha a possibilidade e o direito de escrever sobre isso, para informar as pessoas que não sabem nada sobre. Eu pego um assunto e estudo para poder passar para frente as informações que eu conseguir. No meu primeiro livro, eu fiz isso com o shibari, que também é uma vertente do BDSM e que são aquelas amarrações com cordas. Até fiz algumas sessões de shibari. Muita gente não conhecia e a partir do meu trabalho começou a conhecer. Então se existem pessoas de verdade que se satisfazem, que amam, se é um fetiche, pode não ser o seu, mas se é de alguém, é uma história. E é uma boa história”, relatou. 

E a preocupação de Geisy com seus seguidores vai muito além de saber o que eles desejam ler em seus contos. 

Muito acessível nas redes sociais e sendo uma pessoa que adora interagir com seus fãs, a influenciadora revelou que sempre recebe muitos segredos dos internautas e acaba sendo uma confidente para eles. 

"Como eu trato de temas principalmente voltados para o sexo, por conta dos meus contos eróticos, as pessoas me confidenciam muito seus fetiches, suas particularidades, suas vontades, seus medos. Mulheres que nunca chegaram a ter um orgasmo, mulheres que de repente se apaixonaram pelo melhor amigo do marido… Segredos, que são guardados a sete chaves e eles acabam confiando em mim. Mulheres que estão passando por dificuldades no casamento, que não sabem mais como fazer para o marido ser mais ativo na cama… Eu recebo muitos desabafos por mensagem direta. As pessoas confiam muito em mim, a ponto de me abrirem seus segredos”, contou. 

Agora, após ter finalizado seu segundo livro, Geisy dedica seus dias às redes sociais, tendo aumentado essa aproximação com seus admiradores. 

"Agora que finalizei meu livro, estou focada em gerar conteúdo para meu canal no Youtube, produzindo vídeos; também tem o grupo proibidão na Sparkle, que é uma rede que dou uma atenção especial, porque são meus leitores, consumidores do meu livro; e Instagram e Twitter, também sou muito ativa. Estou gastando meu tempo agora para alimentar minhas redes sociais. Então, literalmente, uma digital influencer, 100% dedicada às redes sociais. Acho que é o que dá para fazer em uma pandemia, em um isolamento social. Como já estou há mais de 80 dias sem sair de casa, é até uma forma de distração trabalhar nas redes sociais. Ser uma digital influencer é até uma forma de não enlouquecer dentro de casa. E, claro, estou esperando ansiosa o lançamento do meu livro", concluiu. 

 

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