George Clooney se prepara para adaptar o livro Calico Joe

Por - 17/10/20

Grosby Group

George Clooney e seu sócio na produtora Smokehouse Pictures, Grant Heslov, vão produzir uma adaptação do livro de John Grisham baseado no beisebol, Calico Joe, que combina realidade e ficção. Bob Dylan também será um dos produtores e Clooney assinará a direção, além de ser um dos protagonistas.

George Clooney compara racismo à pandemia: 'Falhamos'

A história é centrada na liga de Beisebol americana e conta uma história de superação familiar de pai e filhos, perdão e redenção.

George e Grant disseram em um depoimento juntos: "John escreveu uma linda história, e a chance de colaborar com Bob para levá-la ao cinema é fantástica".

Bob Dylan acrescentou: "George e Grant veem nesse livro o mesmo que eu – uma história poderosa que vai ressoar entre os jovens e os mais velhos. Pessoas em qualquer idade vão conseguir se relacionar com isso".

George Clooney contrata decorador para casa de brinquedos
George Clooney fica surpreso com denúncias de marca de café

Repúdio ao racismo

George Clooney foi mais um dos famosos que mostraram seu total repúdio ao racismo e à forma como o governo dos Estados Unidos vem ignorando as manifestações anti racistas desde a morte de George Floyd, homem negro morto por um policial branco, que o asfixiou com o joelho pressionando o pescoço contra o chão por mais de oito minutos.

O astro escreveu uma carta-aberta, que foi publicada pelo site The Daily Beast, mostrando seu apoio aos protestos e criticando a forma que os líderes estão lidando com o caso.

Ao longo do texto, Clooney também pediu por mudanças no país e no sistema criminal e fez uma relação entre o racismo e a pandemia de coronavírus, dizendo que falhamos no combate de ambos.

Leia partes de seu manifesto:

"Há pouca dúvida de que George Floyd foi assassinado. Nós assistimos ele dar seu último suspiro nas mãos de quatro de nossos policiais. Agora nós vemos uma reação contra o cruel tratamento que o sistema oferece para parte de nossos cidadãos, como vimos em 1968, 1992, 2014… Não sabemos quando esses protestos vão parar. Nós esperamos e rezamos que ninguém mais seja assassinado. Mas também sabemos que pouca coisa vai mudar."

"A raiva e a frustração que estamos vendo nas nossas ruas são apenas um lembrete de como evoluímos pouco como país desde o nosso pecado da escravidão. O fato de não estarmos mais vendendo e comprando seres humanos não é motivo de orgulho agora. Nós precisamos de mudanças sistêmicas em nosso sistema judiciário e criminal. Precisamos de políticos que reflitam sobre justiça básica e igualitária para todos os cidadãos. Não de líderes que fomentam ódio e violência como se a ideia de atirar contra manifestantes não fosse nada."

"Essa é a nossa pandemia. Ela afeta a todos nós e, em 400 anos, ainda não encontramos uma vacina. Parece até que paramos de buscar por uma e estamos tentando tratar a ferida individualmente. E nós com certeza falhamos em fazer um bom trabalho nisso (…) Lembre-se, nós criamos esses problemas, então nós podemos consertá-lo. E só há uma última chance e um jeito de fazer isso nesse país: Votar."

---

Tags: ,