Gloria Perez sobre Explode Coração: ‘Primeira novela interativa’

Por - 17/06/20

Reprodução/Instagram/@gloriafperez

Quantas culturas foi possível conhecer por meio das histórias de Gloria Perez. Em mais de 30 anos escrevendo novelas, ela levou o público a viajar pelas tradições muçulmanas, a conhecer os hábitos do povo indiano, a descobrir as belezas da Turquia, entre outros.

Na novela Explode Coração, que chega ao Globoplay na próxima segunda-feira (22), a autora trouxe a cultura cigana com as famílias Sbano e Nicolich.

Com um olhar de vanguarda para o ano de 1995, Gloria também antecipou um assunto que era uma realidade distante e se tornaria comum alguns anos à frente: as conversas virtuais. 

Sinopse

Seguindo os costumes do povo cigano, as famílias Sbano e Nicolich fizeram um contrato de casamento para seus filhos Dara (Tereza Seiblitz) e Igor (Ricardo Macchi) quando ainda eram crianças.

Porém, ela não quer saber do compromisso. A filha do rico comerciante Jairo (Paulo José) e da passional Lola (Eliane Giardini) sonha em trabalhar e ser independente, e faz cursinho pré-vestibular às escondidas.

No meio dos conflitos entre futuro e passado, inovação e tradição, Dara inicia uma relação pela internet com o empresário Júlio Falcão (Edson Celulari), que vive um casamento em crise com Vera (Maria Luisa Mendonça).

Eles se envolvem virtualmente e, ao se conhecerem, acabam se apaixonando.

Gloria Perez comenta sobre a trama

Em uma entrevista, a autora de Explode Coração relembrou o processo criativo da novela.

"Eu diria que foi a primeira novela interativa. Ela nasceu da minha convivência nas redes jurássicas de então. Convivendo ali, vi pessoas se apaixonando, desfazendo namoros e até casamentos por gente que nunca tinham visto pessoalmente. Era uma versão nova do velho amor por correspondência. Isso me fascinou. Comecei a conversar com aquelas pessoas, a ouvir suas histórias, a imaginar como seria o mundo quando aquela inovação se popularizasse", disse ela.

A novela foi ao ar em 1995, na Rede Globo, mas encanta o público até hoje.

"Ela fala de gente, de sentimentos humanos, da dificuldade que as pessoas têm de aceitar o diferente. Isso se potencializa quando você mostra outra cultura, outra maneira de enxergar o mundo, que não é melhor nem pior do que a nossa, mas é diferente. Diversidade, tolerância: esse é um tema recorrente em todos os meus trabalhos", afirmou Gloria.

Para concluir, Perez comentou sobre as lembraças que tem desse trabalho.

"Tive uma convivência muito rica com o universo cigano, e me orgulho de ter dado minha contribuição para a redução do preconceito que sofrem", finalizou.

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