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Indústria do entretenimento debate sobre retomada do setor em live

Reprodução/montagem/Instagram

“Tiraram todas as nossas certezas”, disse Luis Justo, CEO do Rock in Rio, o maior festival de música do Brasil, em uma live encontro, que aconteceu na tarde desta quinta-feira (16). O objetivo era discutir como a indústria do entretenimento vai se reerguer, após crise instaurada no setor, causada pela pandemia da Covid-19.  

O debate foi uma iniciativa da Apresenta Rio, uma associação formada por diversas empresas do entretenimento. Representantes de várias áreas estiveram online participando da roda de conversa.

Da noite para o dia o mundo parou: escolas, igrejas, comércio, empresas, casas de espetáculos, cinemas, gravações de programas e novelas, enfim, tudo foi abruptamente fechado e cancelado pelo surto do coronavírus.

A classe artística foi afetada ao ponto de se reinventar e não perder o contato com o público, levando arte e consolo aos internautas.

Nunca se falou (e fez) tanto em live

 

Uma das questões levantadas no bate-papo foi a dimensão que as lives show tomaram, fazendo sucesso na voz de Marília Mendonça, Gusttavo Lima, Lucas Lucco, entre outros, no período de quarentena que o Brasil vive.

A pergunta que não quis calar: será que esse movimento será definitivo? Criou-se na crise uma nova forma de relacionamento entre público e artista, esse modelo de negócio permanecerá e sobreviverá quando tudo se normalizar?

Com a palavra, Marcelo Soares, diretor geral da gravadora Som Livre, há mais de uma década.

“As lives foram modelos criados em um momento de crise, em velocidade. Porém, a experiência do presencial é insubstituível. É difícil imaginar que isso continuará acontecendo depois que tudo passar. As pessoas estão ansiosas por experiências ao vivo, indo a restaurantes, praias, cinemas. Aos poucos, claro, e com regras”, pontuou.

O empresário aproveitou a oportunidade para ressaltar a capacidade de readaptação dos artistas, em momentos densos como esses.

“Por mais que seja difícil achar um lado positivo desse negócio dramático e traumático, a gente percebe como os artistas não abriram mão do contato direto com os fãs, é inspirador. De se manter ativo, mostrando ao público que a arte gera paz de espírito, além da diversão”, falou.

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A edição 2020 do Rock in Rio Lisboa teve de ser cancelada. Luis Justo, o responsável pelo evento no Brasil e Europa discorreu sobre a recuperação do setor de entretenimento, após a avalanche.

“Em uma recessão, os bons produtos que geram valores, crescem! Independente do estilo, barreira de formatação ou país. É uma oportunidade de transformação, pois tiraram todas as nossas certezas. Taremos que nos reinventar construindo possibilidades”, explicou ele, reiterando a relevância da união dos setores.  

“Nossa indústria é gigante e plural na relação de mercado. É importante nos juntarmos: entretenimento, esporte, cultura e turismo. Por meio de uma carta manifesto, conseguimos pleitos e agendas com os três poderes. São mais de 20 entidades empresariais. Nós não temos ainda dados específicos dessa crise econômica. Temos de ter um olhar prioritário para reconstruir o setor, dependendo, até em políticas de fomento”, esclareceu.

O empresário deixou uma reflexão ao final do debate:

“Nunca sentiu-se tanto a falta de celebrar o abraço. As coisas vão retomar à sua normalidade com medidas necessárias. Onde o futuro pode nos levar? Serão muitos desafios e trabalho, contudo, viveremos experiências incríveis”, concluiu Justo.

Luis Justo é o CEO do Rock in Rio

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