Notícias às 15:35

Jão sobre Coringa: ‘Vou comprar pão escutando a música’

Reprodução/Instagram

Considerado, no momento,  um dos principais nomes da nova cena pop brasileira, Jão chega em sua nova era com o single Coringa, que estreia em todas as plataformas digitais nesta quarta-feira (24), às 21h. Já o clipe tem estreia marcada esta quinta-feira (25), às 11h.

Lembrando que em 2018, o cantor lançou seu primeiro álbum, Lobos, que soma mais de 350 milhões de streams, e no final de 2019, o artista lançou seu segundo disco, Anti-Herói, que alcançou a marca de 1,6 milhões streams.

Jão recebe certificados de ouro, platina e diamante. Confira!
Jão desbanca Luan Santana no Prêmio Jovem Brasileiro

Em coletiva de imprensa sobre o single, na qual OFuxico esteve presente, Jão comentou mais sobre a música, inclusive suas maiores inspirações e um pouco do processo criativo.

Quanto a uma das grandes dúvidas dos fãs: Coringa se trata da carta de baralho, e não do icônico personagem dos quadrinhos da DC Comics.

“Coringa é uma carta que serve para qualquer coisa, e fala de um amor livre, desapegado e tranquilo. Sempre gostei do Pop anos 2000, e nunca calhou de gravar uma música nesse estilo, e desta vez unimos essa estética com uma pegada de música latina”.

“Eu tenho um amor por essa música, vou comprar pão escutando-a. Ela já existe há um tempo e o clipe foi uma superprodução. Gravamos no Rio de Janeiro, foi bem trabalhoso, mas sempre que vejo o final do meu trabalho, a satisfação é enorme”, garantiu ele sobre a canção.

Como os fãs que pararam o Twitter com o anúncio da canção imaginavam, Coringa se trata do início de uma nova Era da carreira de Jão, que ele define como “liberdade”.

“Sim, Coringa é a primeira etapa de um novo momento de minha carreira, não sei lançar single fora de álbum ainda não me ensinaram”, brincou o cantor.

“Quando produzo o álbum, eu remeto ao que eu estava sentindo no momento, e desta vez eu estava confiante. É de fato uma nova Era. Vai ter música para dançar, para sofrer, para beijar na boca, de tudo”, garantiu.

Compositor de todos os seus trabalhos, em Coringa, Jão assina também a produção musical dessa Era ao lado de Paul Ralphes (Skank, Jota Quest, Kid Abelha, Sandy & Junior) e Zebu (Anitta, Pabllo Vittar, Luísa Sonza),

“Comecei minha carreira fazendo covers, e Zebu me mandou uma mensagem gravando um remix com minha voz na época, e agora calhou de gravarmos um disco juntos. E ele tem um repertório incrível, de Billie Eilish a K-Pop, por isso o processo está sendo muito gostoso”, contou.

Clipes e BBB

Voltando a detalhar o clipe, na qual os presentes puderam assistir em primeira mão, Jão falou das referências visuais e das referências a seus trabalhos antigos na estética.

“Os easter eggs são propositais, pois é uma forma de homenagear Imaturo e todo esse início. Era a primeira vez de todo mundo trabalhando com um clipe na edição, atuação, direção, tudo! Estar agora em uma superprodução, ver o quanto evoluímos, foi essencial para mim”.

“No início inclusive, era para ser feito em estúdio, mas não consigo me restringir (risos) e virou essa mega produção que entregamos. O maior desafio inclusive foi poder filmar em um feriado do Rio de Janeiro, para ter a disponibilidade de tantas pessoas envolvidas”, detalhou o cantor.

Uma história curiosa que ele descreveu aos presentes foi o fato d éter encontrado uma fã carioca no dia das filmagens e no set, e fez um trato com ela para não vazar as informações. Fofo, não é memso?

Claro que ele foi questionado sobre os rumores de participação no BBB21, e garante que foram uma série de coincidências em sua vida que permitiu a criação dos boatos, mas ele já se imagina no reality show.

“Sou um poco competitivo, Por causa dos rumores, comprei a ideia, e agora fico me imaginando lá dentro, falando: ‘Nessa prova eu ia arrebentar!’, ‘Nessa briga eu faria isso!’ Mas foi uma série de coincidências que contribuiu para esse rumor, inclusive minha mãe com uma mala ajudando na mudança”.

Quarentena e autonomia da arte

A turnê Anti-Herói de Jão estava a todo vapor quando a pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil, paralisando toda a agenda dele.

“Eu guardei esses lançamentos porque queria divulgar em uma turnê, com shows, e a pandemia veio como um baque, tive que me organizar externa e internamente”, revelou ele.

“Eu preciso viver, conversa, me comunicar, então surtei no início da quarentena. Fiquei sem inspiração, quase achei que nunca mais ia escrever. Mas teve um lado positivo, pois minha agenda estava bem cheia, e que queria em dedicar a este novo projeto, então ganhei uma oportunidade de focar nisso.”

Já ao fim da coletiva, Jão comentou mais sobre sua autonomia como artista, pois agora além de compor irá produzir os novos lançamentos, exibindo uma versatilidade ainda maior.

Inclusive, veja o que ele disse sobre ser um “coringa da música”:

“Acho que sim, estava falando com muitos amigos sobre isso recentemente inclusive. Sempre tiveram dificuldade em definir meu gênero, pois já me rotularam como Pop, sertanejo, Nova MPB, mas não busco isso, e sim fazer minha identidade. Entendo o lado das pessoas, mas funciono melhor de maneira menos fechada”.

Reforçando o que já havia dito, o artista fez questão de afirmar que essa nova Era é exatamente o que ele queria, e buscou sempre estar em paz consigo mesmo durante o processo criativo.

“Anti-Herói foi lançado da maneira que ele teve de ser lançado, e respeito isso, Apesar da turnê ter sido a coisa surreal que fiz na vida, não foquei tanto na parte visual, e agora estou tendo essa oportunidade de amadurecer e lançar esse projeto da melhor forma possível”, explicou.

“Eu acho que esta é uma discussão que deveria ser mais comum, pois os artistas têm que analisar o quão ligados eles estão à própria arte, o quão ligados eles estão ao próprio trabalho. Eu almejo só estar cada vez mais.”

Notícias Relacionadas