Justiça autoriza quebra de sigilo no caso de preconceito contra filha de Bruno Gagliasso

Por - 21/11/16

Reprodução/instagram

Depois de ver a filha, Titi, sendo vítima de racismo nas redes sociais, Bruno Gagliasso resolveu denunciar e, na manhã desta segunda-feira (21), a delegada Daniela Terra, que está à frente do caso, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, afirmou ao Extra que o pedido de quebra de sigilo para identificar os responsáveis foi deferido.

“Estamos apenas aguardando a resposta de administradores do Facebook e Instagram para seguirmos com a investigação”, afirmou ela ao jornal.

Na última quarta-feira (16), Giovanna Ewbank recebeu duas mensagens ofensivas e preconceituosas, levando o ator, que atualmente protagoniza Sol Nascente, a denunciar.

Na ocasião, Bruno falou com os jornalistas que aguardavam do lado de fora da Delegacia.

“Racismo se combate com amor e Justiça. E é por isso que eu estou aqui, para ir atrás de quem fez. Eu tenho cem por cento de certeza que a polícia vai achar e que eles vão pagar pelo que fizeram. (…) Esse não foi o primeiro, mas espero que seja o último. Quem fez isso vai ter que pagar. Isso é muito sério, isso é crime. Quem fez tem que pagar. Os responsáveis têm que ser punidos", chegou a afirmar o ator, na ocasião, antes de continuar se pronunciando. 

"É uma situação chata. Como ser humano e pai, eu fico muito triste. É por isso que eu estou aqui cobrando Justiça, para que as pessoas possam aprender. Que isso sirva de exemplo para o mundo. Se eu posso fazer alguma coisa, eu vou fazer. O mais importante é que achem e prendam, se tiver que prender. Minha filha ainda não entende o que aconteceu, é muito pequena ainda, mas, mais tarde, ela vai entender, e é por isso que eu estou aqui", declarou Bruno. 

A delegada Daniela Terra, também chegou a falar com os jornalistas presentes.

"Esses criminosos serão identificados, eles se utilizam da internet como subterfúgios, acreditando que estão passando despercebidos, por estarem fazendo uso das redes sociais, mas não estão. Não adianta apagar o perfil e os comentários. A Polícia Civil tem tecnologia suficiente para identificar esses criminosos, que serão punidos ao rigor da lei. No caso específico, eles vão responder pela injúria qualificada e pelo crime de racismo, previsto na lei de Racismo, artigo 22. A pena é de inclusão de um a quatro anos. Nesse caso, nós temos dois perfis a identificar e estamos investigando", chegou a afirmar ela. 

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