Leandra Leal participa de debate sobre filme em Festival

Por - 29/09/20

TV Globo/Fábio Rocha

O 25º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários divulgou sua programação. Fico te devendo uma carta sobre o Brasil, primeiro longa-metragem de Carol Benjamin, terá suas exibições na sexta-feira, 02 de outubro, às 21h00, e no sábado, 03 de outubro, às 15h00.

O debate que terá participação de Carol, dos coprodutores João Moreira Salles e Leandra Leal, e da montadora Marília Moraes acontece no próprio sábado, às 17h00. O evento vai acontecer 100% online. 

O filme conquistou a menção especial do júri no 32ª IDFA – Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, o maior festival do mundo dedicado ao gênero, onde teve sua estreia mundial.

Também foi selecionado para o Festival Tempo de Documentários, na Suécia, e para o Festival Internacional de Filmes e Fórum de Direitos Humanos, na Suíça, que acontece junto com a convenção da ONU. Fico te Devendo uma Carta Sobre o Brasil também foi selecionado para a Mostra Competitiva do 24 Festival de Lima. 

A história

A diretora revela a história das três gerações de sua família, que foi atravessada pela ditadura militar que se instalou no Brasil entre 1964 e 1985. Seu avô era coronel do Exército.

Seu pai, César Benjamin, foi preso ilegalmente aos 17 anos, em 1971, e permaneceu por três anos e meio em uma cela solitária, além de mais dois anos em prisão comum. Mas a prisão e tortura do filho mais novo transformou a dona de casa Iramaya Benjamin, avó da diretora, em uma militante incansável pela anistia.

Devido à pressão de Iramaya e excepcionalidade do pleito, o caso de César foi logo adotado pela Seção Sueca da Anistia Internacional. Em 1976, quatro anos depois, ele foi considerado “Prisioneiro da Consciência”, o principal caso do ano para todas as sessões da Anistia Internacional global. A forte pressão levou o governo brasileiro a exilar César para a Suécia nesse mesmo ano.

Para resgatar essas memórias, Carol inicia o filme em Estocolmo, onde César recebeu asilo político por dois anos após sair da prisão. É lá também que a diretora reencontra Marianne Eyre, membro da Anistia Internacional desde 1966, com quem Iramaya trocava cartas regularmente e de quem se tornou amiga e confidente.

O filme, narrado pela diretora, é entremeado, sobretudo, pelas leituras dessas cartas, depoimentos de Iramaya captados em diferentes momentos, fotografias, e imagens raras de arquivo (incluindo a emocionante chegada de César à Suécia e de seu encontro com o irmão Cid, também um exilado político).

A produção é da Daza Filmes, com coprodução do Canal Brasil, VideoFilmes e Muiraquitã Filmes. A distribuição é da Bretz Filmes.

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