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Modelo que estava com MC Kevin deve ser ouvida pela polícia novamente

MC Kevin em selfie, com boné e casaco
Reprodução/Instagram

A modelo fitness Bianca Dominguez deve depor novamente após a morte de MC Kevin. Ela estava com o cantor no dia em que ele caiu da sacada de um hotel carioca e havia dito, em sua primeira ida à delegacia no dia 17 de maio, que, pouco antes da queda, mantinha relações sexuais com o funkeiro na varanda. No entanto, agora Bianca alega que o artista estava no local discutindo com Victor Elias Fontenelle, o MC VK, tendo, inclusive, pedido ajuda ao amigo e não sido socorrido pelo rapaz.

De acordo com o jornal Extra, o delegado Leandro Gontijo de Siqueira Alves, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), irá intimar a modelo a comparecer à delegacia.

Ao programa “Domingo Espetacular”, da Record TV, o advogado Danilo Garcia de Andrade, representante de Bianca, disse que enviará ao Ministério Público do Rio de Janeiro um documento com sete páginas e 115 itens que detalham o episódio e teriam sido lembrados pela modelo após as declarações dadas por ela na 16ª DP.

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Segundo ele, a briga “acalorada” e “com gestos bruscos” entre MC Kevin e MC VK era sobre a possibilidade de a mulher do funkeiro, a advogada Deolane Bezerra, estar perto de chegar ao quarto. Ela estava na suíte 1305, a qual foi agendada para que ficasse com o músico.

Nessa versão do caso, Kevin e VK estariam em pé, indo para a varanda, e o desentendimento, afirmou o advogado, teria motivado o funkeiro a passar as pernas pelo parapeito a fim de pular para a varanda do quarto em que estava hospedado com Deolane.

“Talvez tenha sido uma tentativa de passar para o andar debaixo ou apenas de ficar pendurado, mas isso nos coloca que não foi apenas um acidente”, falou o advogado.

MC Kevin e amigos conheceram Bianca Dominguez no Kiosque Carioca, horas antes da queda, onde consumiram R$ 1.555,40 em produtos, sendo R$ 1.070 apenas em bebeidas alcóolicas e energéticos. Após isso, retornaram ao hotel onde Bianca teria relações sexuais com o cantor.

A modelo disse, no inquérito da 16ª DP, ter a impressão de que o artista estaria receoso sobre Deolane, achando que ela o veria nesse outro quarto e por isso teria tentado fugir. Já Victor disse que o amigo não teria motivos para se matar e reiterou acreditar que ele poderia estar com medo de ser flagrado durante a traição.

Seis pessoas prestaram depoimento por duas vezes, totalizando 12 oitivas. Jhonatas Augusto Cruz, outro amigo do artista, narrou ter entrado na suíte e insistido para também manter relações sexuais com a modelo, o que foi negado por Kevin. O jovem disse que tomou banho no apartamento, alertou o funkeiro que Deolane o estaria procurando e deixou o local em seguida.

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Outros dois rapazes, que estavam na praia com Kevin, Jhonatas e Bianca disseram que foram chamados quando o funkeiro caiu próximo ao espaço da piscina. Nos vídeos circulados pela internet, eles aparecem gritando por socorro. Uma ambulância foi chamada e o artista foi socorrido para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, mas não resistiu aos ferimentos.

O documento produzido por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) concluiu que a queda do cantor “teve como causa aparente um acidente”, que causou a morte do funkeiro, não havendo no quarto 502 indícios de “briga” ou “ações violentas”.

DEOLANE BEZERRA

A noiva do funkeiro contou também, em seu depoimento, que o MC estava “extremamente agitado” por ter feito uso de bebida alcoólica e droga sintética (MD). Ela ainda contou que ambos discutiram porque questionou a respeito da renovação de diárias do hotel para amigos e homens da equipe, feita por Kevin.

Ele até convidou a loira para ir à praia, mas ela negou, o chamou de “otário” e o bloqueou no telefone.

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