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Morte de Nelson Sargento causa comoção no meio artístico

Reprodução/Instagram

A morte de Nelson Sargento, na manhã desta quinta-feira (27), deixou muitos fãs e amigos do sambista estarrecidos. A Manguera, escola de samba da qual ele era presidente de honra, foi a primeira instituição a manifestar o luto.

“Sua partida deixará saudades em todos os amantes do samba e da cultura brasileira. A semente plantada por ele rendeu frutos que estarão eternizados junto à certeza de que 'O samba agoniza, mas não morre' jamais", diz nota assinada pelo presidente Elias Riche.

Todas as demais agremiações do Rio de Janeiro fizeram homenagem nas redes sociais e decretaram luto. O mesmo foi feito pelos times de futebol, outra paixão de Sargento.

Artistas como Maria Rita, Zeca Pagodinho, Marcelo D2, Neguinho da Beija-Flor, Diogo Nogueira destacaram a importância dele para a música popular brasileira.

Portela: “Luto! Portela lamenta a morte de Nelson Sargento

O samba hoje está de luto. Infelizmente, perdemos nosso querido Nelson Sargento, no auge de seus 96 anos, para a Covid-19.

O sambista foi diagnosticado com coronavírus na sexta-feira, 21, quando foi internado. Ele já havia tomado a segunda dose da vacina em fevereiro, em casa, por conta da idade avançada. Sargento chegou a vencer a batalha contra um câncer de próstata, anos atrás.

O presidente Luis Carlos Magalhães, o vice-presidente Fábio Pavão e toda a diretoria da Portela lamentam o falecimento e se solidarizam com seus familiares, amigos e fãs.

O presidente de honra da Mangueira, um dos principais nomes do samba, foi além de cantor, compositor, pesquisador, escritor e ator. Na década de 1960 fez parte do grupo A Voz do Morro, junto com Zé Kéti, Elton Medeiros, Paulinho da Viola, José da Cruz Jair do Cavaquinho e Anescarzinho. Entre seus grandes sambas está o inesquecível “Agoniza, mas não morre” e “Acabou meu sossego”. Na telona atuou em "Orfeu", de Cacá Diegues e estrelou também "Nélson Sargento da Mangueira", de Estêvão Pantoja. Este último rendeu ao sambista o Kikito, no Festival de Cinema de Gramado, com melhor trilha sonora. Nelson é o autor dos livros “Prisioneiro do Mundo” e “Um Certo Geraldo Pereira”. Usamos um trecho do samba “Silêncio no Bexiga”, da saudosa Beth Carvalho, para homenagear Nelson Sargento. "Silêncio

O sambista está dormindo

Ele foi, mas foi sorrindo

A notícia chegou quando anoiteceu

Escolas, eu peço silêncio de um minuto”

 

Zeca Pagodinho: "O samba está de luto, pois acaba de perder um de seus maiores baluartes! O querido Nelson Sargento se foi, aos 96 anos, após uma longa vida dedicada à cultura brasileira!⠀Seu legado, tal qual o próprio samba, não morrerá!⠀Vai com Deus, Seu Nelson! ⠀Um forte abraço do Zeca Pagodinho e equipe para a família do sambista."⠀

Imperatriz Leopoldinense: “Samba, agoniza mas não morre, alguém sempre te socorre, antes do suspiro derradeiro.” O samba está de luto. Nelson Sargento, Baluarte, autor de sucessos como 'Agoniza, mas não morre', presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira, faleceu hoje em decorrência do coronavírus. A Imperatriz se solidariza aos amigos, familiares e a todos os sambistas que sentem a partida deste grande ser humano e importante para a história do samba.

 
Império Serrano: "O Império Serrano lamenta profundamente o falecimento de Nelson Sargento, grande baluarte da Estação Primeira de Mangueira e um ícone do samba brasileiro. Aos fãs, amigos e familiares, desejamos força neste momento de muita dor e tristeza. Hoje, mais do que nunca, estamos órfãos de um artista que fez história"
 
Marcelo D2: "Tive o prazer de dividir o palco algumas vezes com Seu Nelson Sargento, mestre no sentido literal da palavra e arquiteto da música Brasileira. Descanse em paz mestre, a gente só morre quando nosso samba morrer e vc vai ficar pra sempre"
 

Thay Magalhães, rainha de bateria do Paraíso do Tuiuti: "Grande Baluarte da Estação Primeira de Mangueira, cidadão do samba. Seu Nelson Sargento, seu legado jamais será esquecido. Obrigado por tanto. Descanse em paz"

 

Luta contra a Covid-19

Sargento apresentava quadro de saúde estável. Como ele já fazia acompanhamento de um câncer na próstata, que estava sobre controle, a família optou por procurar o Instituto Nacional do Câncer (Inca), quando ele apresentou sintomas do coronavírus.

Em função da idade, o sambista esteve entre os primeiros a receber a vacina contra a Covid-19. No dia 31 de janeiro durante cerimônia da campanha de vacinação, no Palácio da Cidade, ele recebeu a vacina Coronavac. A segunda dose, em 26 de fevereiro, foi aplicada em sua casa, na Zona Norte do Rio.

Ainda não há informações sobre o funeral do sambista.

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