‘Não são números’, diz Heslaine Vieira de Sob Pressão – Plantão Covid

Em Sob Pressão – Plantão Covid, Carolina (Marjorie Estiano) e Evandro (Julio Andrade) voltam a enfrentar os mesmos problemas da saúde pública. Só que desta vez, tudo acontece em um hospital de campanha, na luta contra o novo coronavírus.

Serão apenas dois episódios, com participações especiais de Fabiula Nascimento, David Jr e Heslaine Vieira.  A primeira parte da história vai ao ar na noite desta terça-feira (6), após a exibição de A Força do Querer, da TV Globo.

OFuxico conversou com Heslaine Vieira, que vive uma das pacientes do hospital de campanha.

Confira:

OFuxico:  Como surgiu o convite para a participação na série especial?
Heslaine Vieira: A Cibele, produtora de elenco da série me convidou para um teste. 

OF: Como você se sentiu ao retratar um paciente do hospital na trama?
HV: Embora seja uma felicidade voltar ao trabalho depois de tanto tempo e nessa série que eu já era e sou super fã, este especial retrata uma pandemia no tempo presente! É um momento historicamente triste. Espero que a série possa levar um pouco mais de esperança para os nossos corações! Minha personagem é uma sobrevivente. A Daiane me trouxe esperança na cura, no afeto, na união. Nos pacientes, famílias e profissionais que continuam lutando. Que acreditam na vida e na importância de lutar por ela! 

OF: Como foram as gravações? Foram vários dias?
HV: Foram vários dias. A linguagem já nos diz muito sobre o tempo necessário para a filmagem de cada sequência. É tudo feito com muito cuidado. Nessas circunstâncias de pandemia, precisamos ainda de mais tempo para que tudo seja feito de forma segura, além de todo o cuidado com as cenas em nível dramatúrgico! Eu me senti bem protegida desde o primeiro dia. O clima nas filmagens era de acolhimento e união apesar da angústia. Existia muita vontade de contar essas histórias, de levar pra casa das pessoas o retrato mais fiel que pudéssemos da realidade. A gente se comunicava quase o tempo todo apenas com os olhos aparecendo por detrás das máscaras e equipamentos. Tive sensações que não consigo explicar, seria impossível! Estávamos juntos!

OF: Para você, qual a importância de se retratar tal assunto na série?
HV: É muito importante entender que não são números. São pessoas! Eu me emocionei desde a primeira vez que li o roteiro. A série está levando para dentro da nossa casa um retrato atual da realidade. Da fragilidade e potência dentro de cada um de nós. Da necessidade de entendermos nossa responsabilidade frente a essa luta! A luta pela vida. Inclusive na defesa do nosso sistema público de saúde. O SUS, que embora negligenciado, continua resistindo e salvando muitas vidas! Precisamos de esperança para lutar contra esse inimigo invisível.