‘PCC: Poder Secreto’ já está disponível na HBO Max

Por - 28/05/22 - Última Atualização: 27 maio 2022

Série sobre o PCC da HBO MaxDivulgação

A nova série documental da HBO Max, “PCC: Poder Secreto”, já está disponível na plataforma da HBO Max para contar a trajetória da maior organização criminosa do Brasil e da América do Sul. Dirigida por Joel Zito Araújo e baseada no livro de Gabriel Feltran, “Irmãos – Uma História do PCC”, a série adota uma perspectiva interna do PCC, com acesso a ex-integrantes da facção e familiares que tiveram a vida atravessada pelo Primeiro Comando da Capital.

Saiba detalhes:

1985 – 1992: A “época das guerras” nas periferias de São Paulo, contexto de origem do PCC. A lei do mais forte em um sistema prisional superlotado, somada à chegada massiva da cocaína às favelas, produz uma guerra entre traficantes e justiceiros nas ruas de São Paulo. A expansão do “mundo do crime” gera reação estatal. A eclosão do maior massacre de prisioneiros da história do Brasil (Carandiru, 1992) foi decisiva para a criação do PCC.

1993: O surgimento do PCC, o Primeiro Comando da Capital, no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté. O Estado não dá atenção à movimentação dos presos e inaugura uma nova política prisional, expansionista e interiorizada. Fundado em 31 de agosto de 1993, o PCC usa dessa política para crescer no sistema, em guerra contra facções rivais e representando “o lado certo da vida errada”.

1995 – 2000: PCC elimina inimigos internos, domina as principais prisões, instaura a paz entre a população prisional e passa a ser cantado – no ritmo e na poesia do rap — nas ruas de São Paulo.

2001: A “Megarrebelião” emerge como a primeira grande demonstração de força do PCC para a sociedade; uma série de revoltas conjuntas atinge simultaneamente 29 presídios do Estado de São Paulo.

2002: O ideal de igualdade. Uma revolução interna modifica o PCC. A facção cresce e o Estado prepara uma ofensiva. A esposa de Marcola é assassinada a mando de Geleião, líder e fundador da facção. A população carcerária apoia Marcola e decreta a expulsão de Geleião. O PCC reconfigura seu funcionamento e passa a operar como uma sociedade secreta. O lema passa a ser “Paz, Justiça, Liberdade e Igualdade”.

2006: Os “Ataques do PCC” e os “Crimes de Maio”. O Governo de São Paulo decide transferir cerca de 800 integrantes do PCC ao RDD (cadeias de segurança máxima). O PCC reage à medida e anuncia o “Salve Geral”. Começa uma guerra urbana, com dezenas de ataques armados e simultâneos contra as polícias, em todo o estado de São Paulo. Viaturas da polícia militar, delegacias e prédios públicos são alvejados. Motins ocorreram em mais de 70 prisões em todo o Estado. As forças policiais reagem com ataques na periferia. Cerca de 500 civis e 70 agentes de segurança morrem em apenas uma semana. São os dias mais sangrentos da história recente de São Paulo.

2016: A morte do “Rei da Fronteira”. O PCC assassina o bilionário Jorge Rafaat Toumani na fronteira do Paraguai, após mais de uma década atuando em segredo na região, em coalizão com o Comando Vermelho e empresários paraguaios. A facção atinge uma escala sem precedentes no tráfico internacional de drogas. Meses depois, é rompida a harmonia com o Comando Vermelho, disparando uma guerra imprevisível entre as duas principais facções do Brasil. A disputa envolve mercados ilegais globais.

2017: Massacres em prisões e recorde de homicídios no país. Começa uma série de motins nas prisões do Norte e Nordeste, e guerras entre traficantes e forças de segurança ganham as manchetes no ano mais violento da história do Brasil, em que se registram oficialmente 63 mil homicídios.

2018 – 2021 : O governo isola aqueles que são considerados “a cúpula” do PCC nos presídios federais; a pandemia restringe visitas. O mais conhecido “irmão” da facção, Marcola, vê o cerco se fechar e quer revelar uma parte desconhecida da história secreta da irmandade que ele ajudou a criar. Isso aterroriza o Estado; mais uma guerra interna entre os membros respeitados da facção ameaça sua unidade.

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Jornalista desde 2000, iniciou a carreira como redatora do site OFuxico em 2002. Anos mais tarde, trabalhou como editora no site Famosidades (MSN), tendo passagem ainda como repórter na Quem, jornal Agora S. Paulo (Folha de S. Paulo), R7 e retornou em 2015 como editora do site OFuxico.