Renata Banhara ajuda a resolver mais um caso de feminicídio

Por - 25/07/21

(Foto: Reprodução/ Instagram)

O caso Suzete da Silva, de 41 anos, assassinada em Paulistânia, município de São Paulo, contou com a ajuda de Renata Banhara em seu desfecho. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi atingida por um golpe de punhal na nuca e morreu no local. As testemunhas acionaram a Polícia Militar, mas o suspeito não foi localizado.

O caso foi registrado como feminicídio e a Polícia Civil solicitou à Justiça um mandado de prisão contra o homem, que foi expedido em seguida. Até que a prisão do foragido Paulo Roberto da Silva, o “Paulinho Cowboy”, aconteceu graças à ajuda das redes sociais.

“Felizmente ele foi preso, sabemos que Suzete não irá voltar, mas a justiça precisa ser feita, não podemos compactuar com menos uma! Cada mulher importa, cada vida importa! Fiz o meu papel de cidadã, penso que rede social deve ser para agregar para colaborar e não para disseminar discursos e incitação de ódio, estou satisfeita, atenderam ao meu apelo, nós conseguimos chegar até ele e pudemos contribuir com o excepcional trabalho da polícia”, disse Renata Banhara.

Veja +: Renata Banhara sobre biografia: ‘Foi uma vida tão pesada’

Os familiares do agressor detido postaram vídeos em suas redes sociais agradecendo a ativista pelo apoio e pelo grande trabalho que a mesma executa em favor das mulheres. O suspeito, de 50 anos, já havia sido preso duas vezes por descumprimento de medidas protetivas que havia em relação à vítima, segundo a Polícia Civil.

INCANSÁVEL EM DEFESA DAS MULHERES

A violência doméstica é algo que Renata Banhara conhece de perto. A modelo nunca escondeu que é uma sobrevivente de um caso ocorrido em 2018 que corre em segredo de Justiça. Ela processa um ex-marido por ter sido espancada em casa.

Desde então, ela entrou na luta por justiça, ajudando a outras mulheres. Renata criou o projeto Sentinela do Bem e faz plantões em delegacias da mulher de São Paulo, geralmente nos finais de semana. Sua intenção é, simplesmente, ajudar. Os pedidos têm sido cada vez maiores.

Em agosto do ano passado a modelo e influenciadora digital conseguiu impedir que uma menina que havia acabado de completar 12 anos, fosse estuprada pelo próprio pai. 

Em suas redes sociais, Renata detalhou que recebeu uma denúncia na madrugada e foi em socorro.

“À 1h13, recebemos a denúncia, mais uma criança. Uma menina era estuprada pelo pai. Vizinhas estavam desconfiadas a tempo e na sexta-feira (21), conseguiram provas em vídeo, filmaram o ato. Na dúvida, denuncie 180. O pai estuprador foi preso em flagrante. Parabéns à Polícia Civil e a Delegacia da Mulher”, contou.

Veja +: Renata Banhara recruta voluntárias para projeto contra violência doméstica

Além dos plantões nas delegacias, Banhara arrecada doações para ajudar vítimas em uma casa de acolhimento. Mulheres enviam mensagens diariamente para seu Instagram, pedindo ajuda e Renata tenta orientá-las a como proceder para conseguir superar o ciclo da violência. Ela destaca que não está levantando uma bandeira.

“Não é uma bandeira, não sou mastro. É uma causa séria. A justiça é morosa, cega e faz o réu virar vítima. A palavra ‘recursos’ é o que mais revitimiza as mulheres. Não é só com você,com sua amiga,com sua filha é com nós todas. Todas! O Brasil é imundo para com as mulheres.  A mulher brasileira é um exemplo de resiliência e força pois mesmo com todas as dificuldades ela ainda consegue ir em frente”, disse.

AMPARO E MUTO AMOR

Vítima de agressão física no passado, Renata Banhara se firma cada vezmais como a ativista social. Ela costuma levar um kit às mulheres socorridas. E não foi diferente com a menina atendida no ao passado.

“Eu, seguindo rigorosamente o protocolo do Sentinela, levei um kit que caseiro de alimentação, hidratação, cobertor e brinquedos. A ação que criei nunca fez tanto sentido como hoje. Durante o acolhimento perguntei qual seu sonho: ela me respondeu ter uma família. A criança seguirá para hospital. Oremos por um mundo melhor”, escreveu em suas redes sociais.

Veja +: Renata Banhara é entrevistada por filho de Hebe Camargo

---

É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino