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Silvia Poppovic e Luís Ernesto Lacombe se estranham ao vivo

Reprodução/Band

As opiniões de Luís Ernesto Lacombe e Silvia Poppovic ficaram divididas diante do caso da menina Aghata Vitória, de 8 anos, que estava dentro de uma kombi e morreu ao ser atingida a tiros no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, há quatro dias.

Os apresentadores do Aqui na Band comentavam os desdobramentos do crime.

“Terrível essa história, terrível essa política de segurança pública, que não pensa em resguardar a vida da população e sai atirando assim. É isso que está acontecendo. É triste mesmo, lamentável”, comentou Silvia.

Lacombe discordou:

“Acho ainda um pouco precipitado dizer o que aconteceu. Ainda será feito uma perícia. Vejo as pessoas se voltando contra o trabalho da polícia. Eu lembro no início da minha carreira, que, nos anos 80, Leonel Brizola, era governador do Rio, proibiu a polícia se subir os morros e entrar nas comunidades e o tráfico de drogas ganhou uma força inacreditável. A polícia tem que tomar todo o cuidado para preservar a vida de inocentes, principalmente, mas a polícia não pode deixar de atuar nessas comunidades de maneira nenhuma. Os traficantes estão nessas comunidades exatamente, porque lá eles estão protegidos por pessoas inocentes. Então é muito complicado acusar sempre a polícia”, disse.

Silvia demonstrou incômodo:

“Eu não tô acusando a polícia não, eu tô acusando a política de segurança pública, que autoriza a polícia a atirar na cabecinha, como disse o governador. Há uma política agressiva por parte do governo, de sair matando quem está no caminho, acontece esse tipo de desgraça”, rebateu.

O ex-global insistiu com o posicionamento:

“A gente não sabe realmente se foi a polícia. A gente sabe que os traficantes se protegem. Como acontece na Palestina. Os palestinos se protegem botando na linha de frente mulheres e crianças e os traficantes se sentem protegidos", acrescentou.

A apresentadora rebateu o ponto de vista:

"Você acha que é isso que aconteceu? Bom, o Ministério Público já está apurando o caso. Essa história, para quem é carioca… Me admira muito, Lacombe, você não estar emocionado com essa história. Para quem é carioca e brasileiro, é uma vergonha o que aconteceu (…) perder uma menina com oito aninhos (…) há políticas um pouco mais complexas, com inteligência, estratégia, não sair atirando desse jeito e matando todo mundo”, concluiu.

O debate encerrou com Lacombe relembrando o seu tempo de repórter policial e dando números positivos dos primeiros meses do governador Wilson Witzel, como, por exemplo, a morte de 800 pessoas a menos do que no ano passado.

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