Tóquio 2020: Futebol feminino vence a Zâmbia e Marta fica perto da artilharia

Por - 27/07/21

Foto: Sam Robles / CBF

A Seleção Brasileira feminina de futebol está garantida nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Nesta terça-feira, 27 de julho, as atletas aproveitaram a expulsão de uma jogadora de Zâmbia ainda no começo do primeiro tempo e a vitória contra a seleção africana teve placar de 1 a 0. O resultado no estádio Saitama classificou as brasileiras para as quartas de final do futebol feminino dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

O gol da vitória foi marcado pela atacante Andressa Alves, aos 18 minutos do 1º tempo. Após falta que ocasionou a expulsão da zagueira Mweemba, a atleta bateu forte e sem chance de defesa.

Na 1ª fase, além da Zâmbia o Brasil goleou a China por 5 a 0 e empatou com a Holanda em 3 a 3. O último duelo serviu como teste para a técnica sueca Pia Sundhage, que promoveu seis mudanças no time titular. A liderança da chave ficou com a seleção holandesa, que teve a mesma pontuação, mas saldo de gols maior: 13 x 6.

PASSO A PASSO DO 1×0

O jogo começou bastante movimentado. Com três minutos de partida, a seleção brasileira chegou pela primeira vez no ataque. Depois de uma bola cruzada na área, a defesa de Zâmbia se atrapalhou, mas a goleira Nali segurou bem o chute de Rafaelle.

No contra-ataque rápido, a artilheira zambiana Barbra Banda, que fez seis gols nos dois primeiros jogos, mandou para o gol e obrigou Bárbara a fazer uma bela defesa e, na sequência, agarrar novamente o chute do rebote.

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Aos 8 minutos, novamente a seleção brasileira chegou com perigo. Após uma bela jogada de Ludmila, Bia Zaneratto recebeu livre na área, frente a frente com a goleira zambiana, mas teve o chute defendido.

Na sequência, Ludmila novamente foi para área, sofreu falta e acabou trombando com a goleira, que acabou se machucando e precisou ser substituída. Nesse mesmo lance, o VAR chamou a árbitra de campo para analisar no vídeo uma falta em Ludmila, e a zagueira Mweemba acabou sendo expulsa.

Na cobrança da falta, quase 10 minutos depois (por causa do atendimento à goleira), Andressa Alves mandou no canto esquerdo de Musole, que havia acabado de entrar no jogo, para abrir o placar a favor da seleção brasileira. Foi a única bola na rede.

MARTA RUMO À ARTILHARIA

Para o segundo tempo, a treinadora Pia Sundhage tirou as experientes Marta e Formiga, e colocou Duda e Júlia Bianchi. E a partida retornou do mesmo jeito que acabou o primeiro tempo: com a seleção brasileira com muita posse de bola, trocando passas e tentando lances ofensivos, mas sem ameaçar tanto o gol zambiano.

A partida desta terça-feira, 27 de julho, teve uma importância especial, além da classificação para a segunda fase. Marta, com 13 gols, está a um de Cristiane, maior artilheira de todos os tempos das Olimpíadas. A jogadora do Santos não foi convocada, deixando caminho livre para a seis vezes melhor do mundo passar a marca.

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Na etapa eliminatória, o Brasil enfrentará o Canadá nas quartas de final. O time canarense ficou em 2º no Grupo E, atrás da líder Grã-Bretanha.

O confronto está marcado para sexta-feira, 30 de julho, em Miyagi, no Japão. A bola rola a partir das 5h, horário de Brasília.

HINO DE GABI FERNANDES EMOCIONA SELEÇÃO

Fã de futebol, a cantora Gabi Fernandes, de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, foi convidada pela CBF para compor hino da seleção feminina de futebol, que neste sábado, dia 24 de julho, empatou com a equipe da Holanda.

Curiosamente a aproximação da artista com a seleção aconteceu num momento ruim, quando a equipe foi eliminada na Copa do Mundo de Futebol Feminino. Após a queda do time nas oitavas de final, Gabi fez uma música de apoio. Agora, dois anos depois, ela emociona as jogadoras.

“Pode avisar, o Brasil chegou, avisa lá que vai ter gol”, diz o refrão que tem servido como motivação para as atletas. Fã de Marta SilvaGabi Fernandes destacou que, ao compor a música, quis transmitir uma energia boa e ajudá-las a relembrarem do passado que as levaram até Tóquio.

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“Meu coração ficou disparado quando me disseram que todas se emocionaram quando ouviram a música a primeira vez. E quando vi a minha maior ídola do futebol, a Marta, que é alguém que sempre assisti e quis ser como ela, cantando a minha música… Eu fico arrepiada, peço alguém para me beliscar. Ela poderia cantar qualquer coisa e estava do outro lado do mundo cantando a que eu fiz”, disse Gabi ao jornal Extra.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino