Vice-Presidente da União da Ilha é assassinado

O advogado criminalista Marcelo Vinhães, vice-presidente da União da Ilha do Governador, foi assassinado na madrugada desta sexta-feira (6), quando estava em seu carro, na esquina da Avenida Paranapuã com a rua Pio Dutra, na Ilha, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro.

Ele era o braço direito do presidente da Ilha, Djalma Falcão, e sócio da escola há mais de 20 anos. A agremiação, que foi rebaixada para a Série A, neste carnaval, se pronunciou através das redes sociais. Junto ao texto, foi publicada uma imagem do escudo da escola, em preto e branco. 

"Infelizmente a União da Ilha vem informar que o nosso vice-presidente Marcelo Vinhães foi assassinado no início da madrugada desta sexta-feira, na esquina da Avenida Paranapuã, com a rua Pio Dutra, na Freguesia. Estamos todos perplexos com o episódio que chocou todos os segmentos da escola. Ao longo do dia voltaremos a nos manifestar. A União da Ilha do Governador está de luto".

Homens encapuzados

Segundo testemunhas, dois homens encapuzados abriram fogo quando Vinhaes ia entrar em seu carro. 

Segundo o telejornal Bom Dia Rio, da TV Globo, uma mulher que estava com o advogado também foi baleada, mas sobreviveu e está hospitalizada no Hospital Municipal Evandro Freire. O nome dela não foi revelado. Ela já prestou depoimento a agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). 

Com Vinhães havia R$ 14 mil em dinheiro, valor que foi apreendido. Não há informações sobre o motivo do ataque. O caso foi para investigação da delegacia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Último lugar

A União da Ilha ficou em último lugar no Grupo Especial carioca, com 264,2 pontos. A agremiação foi rebaixada para a Série A, assim como a Estácio de Sá, penúltima colocada, com 264,7 pontos. 

A União da Ilha teve problemas por causa de um carro alegórico que emperrou antes de entrar na avenida e terminou o desfile com atraso. Com o enredo Nas Encruzilhadas da Vida, Entre Becos, Ruas e Vielas, a Sorte Está Lançada: Salve-se Quem Puder!, a escola de samba fez uma série de questionamentos sobre as promessas feitas por políticos, autoridades e poderosos para resolver problemas sociais, de saúde, emprego, educação e moradia, por exemplo, mas que nunca são colocados em prática. A escola tentou mostrar o desalento de quem vive em comunidade, mas que apesar das dificuldades revela talentos e desenvolvimento.