Novelas às 07:40

Aguinaldo Silva rebate críticas à audiência de ‘Império’

Alexandre Nero e Aguinaldo Silva
Foto: TV Globo/ Renato Rocha Miranda

No ar em reprise especial na faixa das 21h, a novela “Império”, originalmente exibida na Globo em 2014, virou motivo de bate-boca na web. No domingo, 22 de agosto, o autor da trama, Aguinaldo Silva rebateu críticas pela fraca audiência do folhetim, que tem a menor Ibope nacional da história do horário, atrás até de fracassos como A Lei do Amor (2016) e Babilônia (2015). Em suas redes sociais, novelista garantiu que sua história segue promissora.

“Império continua sendo o programa de maior audiência da televisão brasileira… Claro, graças ao elenco brilhante reunido na novela, a direção de alto nível e a produção esmeradíssima da Rede Globo, que mereceu o Emmy internacional de melhor novela produzida no mundo naquele ano”, afirmou o escritor e jornalista.

“Quanto ao autor do texto, tudo que posso dizer a vocês sobre ele é que faz o possível para ver seus seguidores tranquilos e felizes, portanto, beijos a todos e um belo domingo!”, concluiu Silva.

Apesar da mágoa, Aguinaldo tem razão uma vez que sua novela tem garantido ótimos índices e se firma como a atração mais vista da programação da TV aberta. Os tempos, contudo, são outros. Tropeços acontecem, mas não ao ponto de configurar “fracasso” propriamente dito.

Exibida originalmente entre julho de 2014 e março de 2015, “Império” chegou ao fim com média de 33,8 pontos no mercado nacional e sintonizada por 55,5% dos brasileiros. Para o padrão atual, esses são índices de sucesso. Na época, porém, a trama já tinha sido a segunda de menor ibope no PNT.

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VOLTA DO COMENDADOR IMPULSIONOU A AUDIÊNCIA

No último dia 18 de agosto, a audiência de “Império” teve progressivo aumento com a volta de José Alfredo (Alexandre Nero). Na Grande São Paulo a trama chegou aos 30 pontos, índice alto para a edição especial, que oscila em torno dos 25 pontos.

No ar das 21h25 às 22h30, Império emplacou 30 pontos, 31,9 de pico e 42,9% de participação no número de televisores ligados (share). Além de José Alfredo voltando ao garimpo, o folhetim exibiu a virada de Cristina (Leandra Leal), que assumiu o comando da joalheria da família. Para surpresa geral, Maria Marta (Lilia Cabral) decidiu agir em parceria com a enteada.

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AGUINALDO QUERIA OUTRO ATOR COMO PROTAGONISTA

O desejo de Aguinaldo Silva para dar vida ao José Alfredo era Milhem Cortaz. Entretanto, na época ele era contratado da Record TV. Alexandre Nero, que estava reservado para “Além do Horizonte”, deixou o elenco para se dedicar ao Comendador e foi bastante elogiado por seu trabalho na trama. Vale lembrar também que Império ainda ganhou o prêmio Emmy Internacional de Melhor Novela daquele ano.

Vale destacar que, se o desejo de Aguinaldo Silva não se realizou em 2014, o escritor pôde contar com Milhem Cortaz no elenco de uma novela sua. O ator foi um dos primeiros escalados para “O Sétimo Guardião” (2018), no papel do excêntrico delegado Joubert Machado, que tinha fetiche em usar lingeries.

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SAIBA QUEM FOI A INSPIRAÇÃO DO AUTOR PARA O COMENDADOR

Em 2014, ao ser questionado por um garçom em um restaurante se José Alfredo existia de verdade, Aguinaldo Silva, autor de “Império”, revelou que se inspirou em suas próprias características para criar o comendador José Alfredo, o protagonista interpretado por Alexandre Nero. Segundo o autor, ele usou muitas de suas manias pessoais para dar vida ao personagem.

“Sim, o comendador José Alfredo Medeiros sou eu… Mas, como todo bom personagem, é multifacetado, e é também vários outros. E são estes os que eu não revelo. Eu pensei ‘quero que ele seja como eu: tenha os cabelos brancos e eriçados e só se vista de preto. A partir daí fui acrescentando ao personagem outras características minhas”, contou em seu blog. 

“O hábito de acordar cedo; a mania de arrumar meticulosamente a própria cama antes de sair do quarto; o prazer de preparar o próprio café da manhã e depois degustá-lo numa boa, sozinho, antes que os outros acordem; os rompantes que podem se tornar violentos e assustadores esporros (não se enganem com este meu sorriso bobo); a determinação e a vontade de fazer bem as coisas, a voracidade e o prazer de ser o melhor e o primeiro, de nunca se conformar com o trivial, de reger a própria vida sem medo de cometer os maiores erros… E de achar que não vai morrer nunca, e que por isso pode fazer planos para os próximos duzentos anos”, explicou o autor de novelas.

Aguinaldo Silva contou ainda que todos os seus personagens masculinos até hoje tiveram algo de si. “Desculpem se parecer arrogante, de todos os meus personagens o maior que eu criei fui eu mesmo. Não pensem que foi fácil”, disse. “Não posso esquecer minhas origens… Nem aquele menino magro, desengonçado, feio e pobre que fui, e que, submetido a todo tipo de preconceitos, sofreu horrores… Assim como não posso deixar de dizer a mim a mesmo, todos os dias, com suprema satisfação e supremo orgulho, que tive muito mais do que merecia, já que aquele garoto de Carpina, destinado a ser no máximo um homem do terno cinzento qualquer, vestiu-se todo de preto, traçou uma linha reta, foi sempre em frente e acabou indo muito longe”.

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