Pantanal: Juliana Paes se despe da vaidade e exibe os cabelos brancos

Juma Marruá, a protagonista de “Pantanal” herdou da mãe a força e a lenda. A matriarca, Maria Marruá, dizem os pantaneiros, vira onça. Juliana Paes, que dá vida à personagem, contou em entrevista coletiva nesta terça-feira, 15 de março, que – ao contrário da versão original – desta vez o mistério em torno da transformação será ainda maior. E não foi por acaso que a atriz não relutou em aceitar o convite, quando recebeu o telefonema do diretor, Rogério Gomes, o Papinha.

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Vaidosa por natureza, ela, inclusive, fez questão de se despir de qualquer aparato. Inclusive deixou aflorar os fios brancos. Em parceira com a caracterizadora Valéria Toth, Juliana começou a pensar na estética de Maria, papel que foi de Cássia Kis na versão de 1990.

“O personagem acontece quando você coloca a roupa e tem todo o processo de cabelo e maquiagem. A gente começou a imaginar como seria o rosto de uma mulher que nunca se protegeu do sol, que nunca usou protetor solar ou chapéu. Melasmas, manchas. Tem também as marcas de expressão, como fazer com que isso ficasse natural? A gente foi pensando nas linhas de expressões marcadas. Nas sobrancelhas que não são feitas, no cabelo branco… O meu cabelo branco natural que ia dando a linha do cabelo dela”, contou a artista de 42 anos.

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Ao contrário da atriz, que é uma das referências de moda, está sempre antenada com as tendências e tem todo um ritual de cuidados com o corpo, em especial a pele do rosto, a personagem sofre com os efeitos do tempo e do modo de vida.

“É gratificante poder abrir mão da vaidade, da estética vigente. Mais que abrir mão disso, vejo beleza nisso. Eu vejo beleza nas olheiras, eu vejo poesia nas marcas do tempo. Você se olha no espelho e o personagem vem, mesmo com o trabalho de preparação que você faz antes. É nesse momento que você entende o seu personagem”, destacou a atriz.

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MEMÓRIA AFETIVA

Juliana Paes tinha apenas 10 anos quando a primeira versão de “Pantanal”, exibida na extinta TV Manchete. Mas ela lembra exatamente dos pais sentados no sofá da sala assistindo à trama de Benedito Ruy Barbosa, avô de Bruno Luperi, que agora faz a adaptação da história.

“Para muitos brasileiros da minha geração, ‘Pantanal’ está num lugar de memória afetiva. Eu lembro da posição do meu pai e da minha mãe na sala, do sofá. Era uma atmosfera diferente na casa das pessoas. Acho importante investir nesta memória afetiva. Claro que para novas gerações será novidade, mas tem um público cativo que está emocionado de rever esta história. É um aconchego e uma nostalgia boa”, disse.

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A atriz ainda contou que levou segundos para aceitar o convite para viver a mulher que vira onça: “Sou muito fã da Cássia Kiss. Quando o Papinha me falou que era pra viver a Maria Marruá, eu já perguntei: ‘Começamos quando? Quando é que a gente viaja?’. O desafio de ser uma personagem de uma atriz que admiro tanto e a história, todo o entorno, foi tudo perfeito”.

MARIA MARUÁ VIRA OU NÃO UMA ONÇA?

Juliana se empolgou ao falar sobre a lenda em torno de sua personagem. E deu um belo spoiler: “Acho que nessa versão o Papinha tenha escolhido trabalhar ainda mais trabalhar com o mistério se ela vira mesmo onça ou se isso é uma sensação do povo do local. A gente não vai ver nenhuma cena de transformação completa acontecendo”, entregou a atriz.

“Essa escolha é um acerto, a percepção de como cada personagem acredita mais, quem acha que é falação, e o público, que é parte dessa história”, finalizou.  

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