Pantanal: Saiba novidades reveladas sobre a próxima novela da Globo

Por - 16/02/22 às 18:50

Quim (Chico Teixeira), Eugênio (Almir Sater) e Tião (Fábio Neppo), com Tadeu (Lucas Oliveira dos Santos) cantando envolta da fogueira em PantanalTV Globo/João Miguel Júnior

O remake da novela “Pantanal” é com certeza uma das produções mais esperadas pelos fãs da TV Globo, que já são fãs de carteirinha da primeira versão, e mal podem esperar para conferir a releitura da atração, que tem previsão de estreia em março na emissora na faixa das 21h. Recentemente, algumas curiosidades sobre a trama foram reveladas. Vamos lá:

Para se ter uma ideia, foram seis meses de pesquisa, comandada pela produtora de arte Miriam Saback – mais conhecida como Mirica. Ela e sua equipe mergulharam no universo pantaneiro até finalizar seu planejamento. Em seguida, mais alguns meses para encomenda e confecção dos objetos de cena que trazem vida aos cenários e remetem à realidade vivida pelos fazendeiros, peões e moradores da região, levando para todo o Brasil características importantes da cultura de um dos biomas mais ricos do país.

Marcos Palmeira em Pantanal
Marcos Palmeira está no elenco de Pantanal – Foto (Divulgação/Globo/João Miguel Júnior)

COBRA FAKE ENCOMENDADA

Seja em externa no Mato Grosso do Sul, ou nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, o departamento de arte é responsável por cada detalhe das cenas: a carne e as ferramentas de um churrasco; a sela da montaria; a rede da varanda; as bebidas da mesa de jantar; entre muitos outros itens. Uns mais comuns, outros mais peculiares.

Para “Pantanal”, por exemplo, Mirica e sua equipe precisaram encomendar de uma artesã uma sucuri de quatro metros de comprimento: “Ela é maleável, temos que passar diariamente uma glicerina para não ressecar. Quando encomendamos, pedimos que houvesse a possibilidade dessa cobra entrar dentro da água. Materiais como esses não podem ficar no calor do Pantanal”.

Mandamos fazer uma casinha, um compensado de madeira para abrigá-la. E não termina por aí. Para as gravações, precisamos deslocar essa cobra de uma fazenda para outra”.

“Ligamos para a frota e pedimos um carro específico para a arte, com caçamba atrás, e encomendamos um rack com a medida da cobra”, contou a produtora.

DUBLÊ DA SUCURI

Mirica fez questão de encomendar objetos do Mato Grosso do Sul. De pequenos produtores locais, como é o caso de alguns itens que servirão a fazenda de José Leôncio (Renato Góes/ Marcos Palmeira), a tapera de Juma (Alanis Guillen) e a chalana de Eugênio (Almir Sater).

Comprei a louça toda do povo Terena, produzida por indígenas da região. São travessas de cerâmica vermelha com desenhos indígenas para a fazenda, louças mais simples para a tapera e algumas sacolas que eles fazem de mercado, com desenhos lindos para a chalana, que encomendamos para homenagear esse povoado local”.

“Quando entramos em contato com eles, tivemos ainda a oportunidade de conversar com o pajé e tirar algumas dúvidas sobre como são tratadas pessoas que sofrem picadas de cobra ou são atacadas por animais, pois precisaremos ter em algumas cenas o que seria usado em casos como esses, já que o Velho do Rio em determinado momento irá ajudar uma pessoa, e explicará que aprendeu o ritual com indígenas”, revelou Mirica, dando a dimensão da riqueza de detalhes do trabalho de seu departamento.

TRILHA SONORA ESSENCIAL

Como não poderia deixar de ser, a música tem um papel de destaque em “Pantanal”. Foi assim há 30 anos, na primeira versão, escrita por Benedito Ruy Barbosa, e será agora nesta nova versão escrita por Bruno Luperi. Almir Sater, que dá vida ao chalaneiro Eugênio; seu filho Gabriel Sater, que interpreta o peão Trindade; Chico Teixeira, que estreia como ator interpretando o peão Quim na primeira fase; e Guito, que dá vida ao peão Tibério na segunda fase são todos músicos e na dramaturgia serão alguns dos violeiros da novela.

“O Papinha (diretor artístico, Rogério Gomes) é um amante da música e queria um som legal, por isso a escolha dos violões foi tão importante. Ligamos para o artista e perguntamos como estão acostumados a tocar. Fizemos um violão para o Tibério, Quim e Trindade”, contou Mirica no release.

“O Gabriel Sater nos mandou todas as especificações e encomendamos um igual ao dele, envelhecemos de forma que ficasse uma réplica. Até brinquei que ele não saberia dizer qual é qual. O Almir ficou encantado com o violão que encomendamos para o Chico Teixeira. Ele adorou, tocou à beça”.

“No caso do Almir, liguei para ele, que me disse que os violões dele são muito antigos, têm cara de época. Ele deixou a gente dar uma ‘envelhecidinha’ estando ao lado, cuidando de tudo (risos). Portanto, é o único que usará seu violão próprio”, finalizou Mirica.

“Pantanal” é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.