Todas as Flores: Novela resgata o clássico folhetim e encanta o público

Antes de mais nada uma observação: Se você inda não teve a oportunidade de assistir “Todas as Flores” no Globoplay, não marque nada, absolutamente nada, pra noite da próxima segunda-feira, 24 de outubro. A novela, disponível até o momento apenas na plataforma de streaming, será exibida – apenas o primeiro capítulo – no “Tela Quente. E, vai na minha: É imperdoável, gente. Que novela!

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Sabe aquelas histórias que te prendem do início ao fim e dá dó quando o episódio termina? É exatamente assim. Já de cara, nos deparamos com um banho de talento e sensibilidade de Sophie Charlotte.

Na pele de Maíra, uma deficiente visual, a atriz protagoniza a história de João Emanuel Carneiro ao lado de Letícia Colin, que vive a inescrupulosa irmã Vanessa, e Regina Casé, a mãe das duas, a vilã sem noção Zoé. Uma pausa. Volte ao início desse parágrafo se você não associou o nome do autor à palavra “sucesso”. Impacto semelhante ao primeiro capítulo de “Todas As Flores”, em que as narrativas de todos os núcleos são apresentadas de cara, com dinamismo na medida, só se viu em “Avenida Brasil“. Dele.

Nas primeiras cenas, a mocinha aparece tomando banho de rio e ali já dá mostras dos traços da personagens e sinaliza aos mais atentos que um novelão está por vir. Vale destacar que a atriz Camila Alves, que tem deficiência visual, está atuando na trama.

Como pai de Maíra, Chico Diaz faz uma participação especial, muito representativa, e pontua a primeira vilania de Zoé. A ricaça vila, duas grandes novidades na trajetória de Regina, surge do nada após ter abandonado Maíra e a convence, diante da morte do pai, a seguir com ela pro Rio de Janeiro, jurando amor.

Na realidade, o objetivo é salvar Vanessa, que luta contra a leucemia e precisa de uma doadora de medula. Quem mais compatível que sua irmã? E como novela que é boa não fica sem uma treta de amor, Rafael (Humberto Carrão), namorado de Vanessa, se encanta por Maira.

E chega de spoiler!

MAS NÃO TEM NADA MESMO A DESEJAR?

“Pantanal” foi tudo, ok, mas já conhecíamos a história e, mesmo quem não viu a primeira versão, já sabia o que ia acontecer e tals, Não estamos tirando o mérito, que fique bem destacado, foi incrível e o luto permanece! “Travessia” tem reservado também bons momentos.

Mas o fato é que estávamos todos carentes de um novelão e veio aí! Tudo em “Todas as Flores” vale a pena: a fotografia, o texto, a direção, o elenco, a trilha sonora é ótima! Uma trama irresistível com vilãs bem marcadas e protagonistas bem desenhados com maestria pelo autor.

E que delícia ver de volta a carioquice de Mary Sheila, atriz que passou por um período crítico por conta da Covid-19; ter Suzy Rêgo novamente atuando e se surpreender com Fábio Assunção como amante de Regina Casé!

Mas ok, não existe nada totalmente perfeito, né? Então vamos aos detalhes tão pequenos, mas tão pequenos que facilmente passam batido: a Globo precisa chamar Ludmilla ou Jojô Todynho pra dar um intensivão de como usar lace, porque a da Regina não tá legal, não… Zoé é tão rica, pode muito bem melhorar isso aí!

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Aliás, a caracterização da Globo vem pecando… ou você não se incomodaram com todas, absolutamente todas as perucas da primeira fase de “Travessia”? que agonia!

“Todas as Flores” tem de tudo para ser o “Terceiro Sol” de João Emanuel Carneiro (entenderam o trocadilho?). Mais uma novela que traz o clássico do folhetim, com direção primorosa. e peca sim, em não ser acessível à todos, já que só está disponível no Globoplay. Ao menos por enquanto.

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