Astrid Fontenelle chora ao lembrar racismo contra o filho: ‘Me desequilibra’

Por - 01/08/22

Astrid Fontenelle no Encontro e ao lado do filho GabrielReprodução/Globo e Reprodução/Instagram

O assunto entre Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, em que os filhos deles, Titi e Bless, foram vítima de racismo em Portugal, continua em alta e o programa Encontro teve a participação da apresentadora Astrid Fontenelle, que é mãe de Gabriel, de 14 anos, que é negro e se emocionou.

“O racismo é tão maléfico, da última vez fui taxada de mimizenta, está dando showzinho porque é famosa, coisa da sua cabeça, está maluca. Isso tudo ouvi, cara a cara. Tive uma reação parecida com a da Giovanna, parti pra cima. Adoraria ser uma líder pacifista, mas o racismo me impede, é o que me faz sair do sério, me desequilibra completamente porque é inaceitável”, disse.

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Ao ver a reação de Giovanna Ewbank ficando cara a cara com a mulher que foi racista, Astrid disse que faria o mesmo.

“Agiria como a Giovanna e gostaria de ter um companheiro que reagisse como o Bruno porque eles fizeram a dupla perfeita: a Giovanna foi a leoa e Bruno o racional chamando a polícia”, e acrescentou sobre o caso da atriz também ser negra: “Se Giovanna fosse uma mulher preta, no mínimo ela seria presa junto”.

Titi e Bless, filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso
Titi e Bless, filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso – Reprodução/Instagram

Astrid Fontenelle relembrou que também já foi a pessoa que diz “eu tenho amigos negros”, mas que, desde o nascimento de Gabriel, isso mudou, pois ela estudou, entendeu seu papel e que será sempre raivosa quando uma situação dessas acontecer contra seu filho.

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“Estudei, me aproximei para que aprenda a lidar. Meu lugar na sociedade, vou ser raivosa com o Gabriel, com seus filhos, sou aquela que vai estar ao lado na mesa do restaurante para dar tapa na cara junto, no mínimo ligar para a polícia, vou reagir. Esse é meu lugar na sociedade não deixar passar”, disse.

Astrid ainda contou que muito gente acha que o filho dela não é preto e o chamam de “moreninho”.

“Se meu filho entrar numa loja pra ver um celular, um tênis, ele vai ser seguido. Acontece que meu filho já carrega um sobrenome, uma carinha, um tom de pele mais baixo do que Titi e Bless. Tem gente que diz que meu filho é moreninho, meu filho é preto. Só que ele está num patamar social que deixa ele menos preto, isso é muito cruel”, afirmou.

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