Polêmica às 08:43

Carla Vilhena é detonada após cobrar uso de máscara no Afeganistão

Foto: Divulgação/ CNN Brasil

A crise humanitária no Afeganistão tem deixado todos indignados e foi um dos principais assuntos de segunda-feira, 16 de agosto. Âncora da CNN Brasil, Carla Vilhena chamou atenção nas redes sociais por conta de um comentário feito após a exibição de uma reportagem sobre o assunto no programa “Visão CNN”.

Ao voltar para o estúdio, Carla Vilhena comentou com a jornalista Derla Cardoso sobre a falta do uso de máscaras pela população que tentava desesperadamente fugir de Cabul, capital do Afeganistão, após o controle do Talibã sobre o país.

“Outra coisa que me chamou atenção ali, Derla, foi a falta de máscaras. Você viu que só dois, um até com o nariz de fora, usavam máscaras, sendo que o Afeganistão é um dos países menos vacinados do mundo. Claro, devido a todo esse conflito”, diz a âncora, referindo-se ao número de pessoas imunizadas contra a Covid-19.

A reação de internautas foi imediata e o nome da jornalista ficou entre os mais citados no Twitter.

“Tem gente caindo de avião decolando, e a preocupação da Carla Vilhena é se os afegãos estão de máscara. Que fase”; “A Carla Vilhena, da CNN Brasil, está preocupada com a falta do uso de máscaras do povo afegão fugindo do Talibã. Minha filha, quem lembra de Covid no meio de uma guerra?”, foram algumas das críticas.

Em seu perfil no Twitter, Carla Vilhena reagiu e ironizou. citando a vice-presidente dos Estados Unidos, que também foi parar nos assuntos do momento.

“Bora organizar aqui os comentários, porque eu pretendo chegar ao índice da Kamala Harris”, escreveu a jornalista da CNN.

EX-BBB FOI DETONADO POR SUGERIR APP DE NAOR PARA AFEGÃOS

Mahmoud Baydoun recebeu uma enxurrada de críticas na segunda-feira, 16 de agosto. O ex-BBB expressou a sua preocupação com os moradores, em especial os LGBTQIA +, do Afeganistão, que foi dominado pelo Talibã, e revelou que tentou usar o Grindr — um aplicativo de pegação — para entrar em contato e oferecer ajuda aos afegãos.

Veja+: Relembre a participação de Mahmoud em No Limite

“Estou preocupado com os LGBTs do Afeganistão. Mudei a localização do Grindr pra Cabul pra perguntar se alguém precisa de ajuda, mas o app não roda lá. Tenso”, escreveu ele nas redes sociais. 

ENTENDA A GUERRA DO AFEGANISTÃO

O conflito encabeçado pelos Estados Unidos no Oriente Médio após os atentados do 11 de setembro, às Torres Gêmeas, desencadeou a Guerra do Afeganistão. Após quase duas décadas de disputas, os EUA anunciaram a retirada das tropas do país e o grupo extremista islâmico Talibã retomou o poder em Cabul, capital do país, no domingo, 15 de agosto.

Em 11 de setembro de 2001, uma série de ataques nos EUA mataram quase 3 mil pessoas. Osama bin Laden, o chefe do grupo extremista Al-Qaeda, foi identificado como responsável pelos atentados.

Na época, o Talibã detinha o controle sobre o Afeganistão e tinha alianças com grupos terroristas, como a própria Al-Qaeda. Além disso, havia suspeita de que Bin Laden estivesse em território afegão, acobertado pelos extremistas, que se recusavam a entregá-lo para o governo americano.

Por isso, um mês depois dos atentados de 11 de setembro, os EUA lançaram ataques aéreos contra o país.

Além dos Estados Unidos, França, a Alemanha e o Reino Unido entraram na briga e o Talibã perdeu terreno. A coalizão conseguiu estabelecer, em Cabul, um governo apoiado pelo Ocidente.

O Talibã seguiu com ataques, atentados e expandiu sua influência política. Com a ajuda de soldados afegãos, as forças internacionais tentavam conter o grupo.

Os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) atuaram por duas décadas para proteger seus aliados, mas começaram a retirada no último mês de maio.

Ao ocupar o palácio presidencial do Afeganistão em 15 de agosto, os talibãs afirmaram que ganharam a guerra. Contudo os americanos alegam que a missão foi “um sucesso” por terem conseguido encontrar e matar o líder da Al-Qaeda, Bin Laden.

A retomada do poder pelo grupo extremista escalou rapidamente desde a saída dos americanos da base aérea de Bagram, principal instalação militar no Afeganistão, no mês passado.

Com o espaço devolvido para o controle do governo afegão, se deu o fim “na prática” da presença americana no país – ainda que algumas tropas seguissem em Cabul.

Essa abertura americana foi um sinal vermelho para que os talibãs avançassem, em menos de dois meses, e tomassem o poder das principais cidades do país, incluindo a capital.

O QUE É O TALIBÃ

Talibã significa “estudantes” em pashto (uma das línguas faladas no Afeganistão). Esse grupo de orientação sunita foi formado em 1994 por ex-guerrilheiros conhecidos como mujahidin, que tinham participado do confronto com forças soviéticas no país (inclusive com o apoio dos Estados Unidos).

Desde a criação, o objetivo do Talibã era impor uma lei islâmica, que os integrantes interpretavam de sua maneira, no país. Em 1996, o objetivo foi atingido e eles capturaram Cabul.

A população afegã, em geral, deu as boas-vindas ao Talibã quando eles apareceram pela primeira vez. Eles eram conhecidos por reduzir a corrupção, coibir a criminalidade e trabalhar para tornar seguras as estradas e áreas sob seu controle, estimulando assim o comércio.

De 1994 a 1996, o Talibã ganhou controle exclusivo sobre a maior parte do país, e o Afeganistão foi proclamado um emirado islâmico.

Nos cinco anos seguintes, o grupo controlou o Afeganistão com uma interpretação dura da sharia, a lei islâmica.

Quando os talibãs tomaram o Afeganistão nos anos 1990, as mulheres não podiam trabalhar nem estudar e tinham de ficar confinadas em casa. Era obrigatório, ainda, que vestissem apenas a burca — uma mortalha que só deixa os olhos à mostra.

Além disso, os homens tiveram de deixar a barba crescer.

Filmes e livros ocidentais eram proibidos, e artefatos culturais, vistos como blasfêmias sob o Islã foram destruídos — como as estátuas de Buda de Bamiyan.

Alguns afegãos continuaram a acessar produtos da cultura ocidental em segredo, correndo o risco de punição extrema.

Execuções públicas e açoitamentos também eram comuns.

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