Vera Magalhães é detonada na web por constranger Martinho da Vila com pergunta polêmica

Por - 17/08/21

vera-magalhaes-e-martinho-da-vila-entrevista-roda-vivaReprodução/TV Cultura

Vera Magalhães teve o seu nome repercutido nas redes sociais depois de uma entrevista com Martinho da Vila, no “Roda Viva”, da TV Cultura. A apresentadora do programa constrangeu o sambista ao perguntar sobre uma suposta relação entre as escolas de samba com as milícias e causou revolta na web na noite da última segunda-feira (16).

Acusada de demonstrar pouco conhecimento sobre a história do samba e, principalmente, sobre a biografia do cantor, compositor e um dos maiores estudiosos da cultura africana no Brasil, Vera foi insistente ao pedir uma posição de Martinho sobre as milícias na escola de Samba.

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“Eu queria que esse Martinho político, que faz essa análise política, um pouquinho desse momento em que as escolas de samba, que sempre tiveram uma ligação com o jogo bicho, portanto com a contravenção, agora estão permeadas, de alguma maneira, pelas milícias. Como fazer com que o crime não macule as escolas de samba? Como evitar esse contágio das escolas de samba pelo crime organizado?”, perguntou a apresentadora.

Visivelmente constrangido, Martinho sorriu ao responder que “o jogo do bicho foi inventado em Vila Isabel”, além de ter afirmado que não tinha “notícia da milícia dirigindo uma escola de samba”. “Na Vila Isabel, pelo menos, não tem esse problema”, completou.

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Vera insiste, citando nominalmente uma suposta ligação de Adriano da Nóbrega, miliciano ligado ao clã Bolsonaro que foi morto em fevereiro de 2020, com a Vila Isabel. “Ele teve essa ligação com as escolas de samba e essa tentativa de se infiltrar nelas”, pontuou a apresentadora.

“Não tenho notícias do Adriano em nenhuma escola de samba. Nenhuma foto dele lá dentro”, rebateu o sambista.

Martinho da Vila em entrevista ao Roda Viva

Nas redes sociais, a apresentadora alfinetou Martinho, afirmando que ele “desconversou quando questionei sobre a infiltração mais recente das escolas de samba do Rio pelas milícias”, tuitou. “Isso é um tema tabu que os sambistas têm de enfrentar”, completou.

https://twitter.com/veramagalhaes/status/1427447130969546752

O comentário, no entanto, foi rebatido pelo filho do sambista Tunico da Vila, que afirmou que a pergunta foi desrespeitosa e desnecessária. 

“Ele não desconversou…Ele só não quis conversar porque realmente é um assunto desnecessário e desrespeitoso com ele…Só isso…Nada demais”, respondeu ele.

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Vera rebateu, dizendo que “não vejo desrespeito algum” na própria pergunta. “Nem todas as perguntas numa entrevista são agradáveis, infelizmente. De resto, respeito sua opinião. Um abraço”, disparou.

Em seguida, Tunico continuou: “Mas com todo respeito a @veramagalhaes, respeite a história de meu pai…porque ele simplesmente semeia no Brasil nossa Africanidade…ele não semeia ódio, milícias e assassinatos, como de o Marielle… Ele é o MARTINHO DA VILA…OUVIU BEM? RESPEITE A HISTÓRIA DELE….RESPEITE”, finalizou.

CRÍTICAS NA WEB

Vera foi extremamente criticada nas redes sociais depois da entrevista com Martinho da Vila. Nas redes sociais, a jornalista Mariana Belmont, da rede de jornalistas da periferia, destacou a “baita pergunta desnecessária” e explicou a própria Vera os motivos.

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“A pergunta foi específica. Com nomes, pra enrolar e constranger o Martinho. Acho que tem uma história e contexto do samba carioca importante aí sacar antes de uma pergunta assim. Talvez eu seja uma péssima jornalista, mas jamais perguntaria isso para Martinho da Vila. É uma oportunidade luxuosa demais ouvir Martinho da Vila. E trazer uma pergunta desconexa dessa no meio de um mestre da história do samba é puxadíssimo e desrespeitoso”, escreveu.

Além dela, outros internautas também se manisfestaram sobre a conversa. “A pergunta mostra só ignorância, grosseria e despreparo. Mas este ‘desconversou’ é bem grave. Como assim? Ele tinha obrigação de dar explicações sobre isso? Por que? Que tipo de identificação você está fazendo? Uma decência mínima exigiria um pedido de desculpas a Martinho”, escreveu um. “Já perguntou  sobre a infiltração das milícias no governo federal? Ou também  se esqueceu que você apoiou  um candidato miliciano pra presidência da República em 2018? Uma escolha muito difícil,  lembra?”, alfinetou outro.

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“Você precisa frequentar esses ambientes antes de fazer qualquer comentário. Sambistas não têm poder nenhuma sobre algo que é um problema social. Temos um representante da milícia na presidência do país. E diversos setores da burguesia o APOIARAM. Você fez essa pergunta em 2018?”, afirmou mais um.

Confira:

https://twitter.com/gabrielessons/status/1427484491329773568

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