Alok disponibiliza advogados para jovem que sofreu racismo em show

Por - 01/06/23 às 14:14

Alok divulgaçãoAlok é parte da renomada Academia (Reprodução/Hudson Rennan)

Alok ficou sabendo do caso de Salatiel Menezes (mais abaixo), de apenas 26 anos, que sofreu racismo em um show do Dj que aconteceu em 27 de maio, sábado, em Nova Lima, em Belo Horizonte. O jovem foi agredido fisicamente, moralmente e tudo isto apenas por ser negro. Em entrevista ao G1, Salatiel contou o caso e disse que a agressão durou cinco minutos:

“Eu estava dançando, ouvindo Alok. A gente aplaudiu e me levaram. Cinco minutos depois, estava deitado, apanhando. Foi como ir ao inferno em cinco minutos”.

Também ao G1, a assessoria do artista encaminhou uma nota e contou que irá disponibilizar toda a estrutura jurídica de Alok para o jovem durante o processo:

“A AIE repudia todo tipo de agressão ou práticas criminosas e está empenhada em buscar a verdade para que os responsáveis respondam pelos atos. Solicitamos as autoridades policiais todo o empenho para a elucidação dos fatos e deixamos à disposição do Salatiel, toda nossa estrutura jurídica para acompanhá-lo”.

Outro ponto destacado pela assessoria foi o evento e o Dj não compactuam com nenhum tipo de preconceito, discriminação, gênero, raça, etnia, orientação sexual, PCD’s e outros grupos minoritários que fazem parte da sociedade.

O CASO

O jovem Salatiel contou que para ir ao show participou de uma promoção do DJ nas redes sociais e ganhou os ingressos para ir ao show com dois amigos:

“Eu só fui porque ganhei o sorteio do Alok. Levei meus amigos e ‘tava’ curtindo a festa ‘de boa'”.

Ele revelou que as agressões foram por parte de seis seguranças que o abordaram sem nenhum motivo:

“Eles chegaram e me chamaram para acompanhar eles, somente eu, sem nenhuma explicação. Meus amigos eram brancos. Pegaram outro rapaz preto também e cataram ele. Nos levaram para um canto escondido e lá já tinha outros pretos apanhando. Me perguntaram se eu era amigo deles e começaram a me agredir… Perguntaram se eu tinha droga. Me revistaram, viram que eu não tinha nada e nem usava nada”.

Salatiel contou que os amigos foram expulsos junto com ele do evento pelos criminosos e no dia seguinte, 28 de maio, procurou uma delegacia para fazer um Boletim de Ocorrência:

“Eu estou morrendo de medo, me tremendo todo. Eu estou mal, mas sei que isso vai abrir muitos olhos de outras pessoas que tenham sofrido, até apanhado. Ou a gente luta [contra o racismo], ou a gente continua morrendo”.

A Polícia de Minas Geras informou em nota que está com as investigações em curso e que em breve novas informações serão divulgadas. O Star 415, local que realizou o evento, informou ao veículo que: “tomou conhecimento do ocorrido pela mídia e, imediatamente, reuniu a sua equipe de produção para as devidas apurações”. Eles também deixaram a equipe jurídica em prol de Salatiel.

COMO DENUNCIAR RACISMO

Em São Paulo o site da Secretaria da Justiça e Cidadania recebem denuncias. Quem preferir pode ir pessoalmente e contatar a Ouvidoria da secretaria, localizada no endereço Páteo do Colégio, 148. A Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena, localizada na Rua Antônio de Godoy, 122 – 9º andar, também recebe denuncias através do Portal SP156, seções “Cidadania e Assistência Social” e “Questões raciais, étnicas e religiosas”.

O site da Safernet é confiável e recebe denúncias anônimas sobre crimes e violações aos direitos humanos na internet.
Para contatar o governo federal basta usar o Disque Direitos Humanos – Disque 100, para denúncias de racismo e discriminação.

Existem vários caminhos legais e efetivos para denunciar casos de apologia ao racismo e todo o tipo de atitude ofensiva ou discriminatória.

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Em formação no Jornalismo pela UMESP. Escreve sobre cultura pop, filmes, games, música, eventos e reality shows. Me encontre por aí nas redes: @eumuriloorocha


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