Letícia Cazarré fica entre UTI e lactário para cuidar da filha após 3ª cirurgia

Por - 29/09/22 às 15:07

letícia cazarréReprodução/Instagram@leticiacazarre

Letícia Cazarré, mulher de Juliano Cazarré, o Alcides de “Pantanal”, mostrou nas redes como tem sido seus últimos dias após a terceira cirurgia da filha Maria Guilhermina. A criança de apenas três meses, nasceu com condição rara chamada anomalia de Ebstein.

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Reprodução/Instagram@leticiacazarre

“Perdi as contas de quantas vezes fiz esse caminho de oito andares, do lactário à UTI e vice-versa. E vou continuar fazendo enquanto ela precisar de mim. E sempre paro para rezar nos vitrais de Santa Isabel e São Joaquim”, escreveu ela, em um vídeo em que mostra o sobe e desce do percurso de modo acelerado.

Na quarta-feira, 28 de setembro, Letícia atualizou o estado de saúde da filha. “Ela está bem! A cirurgia foi um um sucesso, graças a Deus e aos melhores médicos do Brasil. Ainda não entrei na UTI de volta, mas já vi a Maria Guilhermina saindo do centro cirúrgico e conversei com os cirurgiões. Vai dar tudo certo”, comemorou a mulher de Cazarré.

Leticia Cazarré posando para foto com Maria Guilhermina no colo
Foto: Reprodução/Instagram

Esta foi a terceira cirurgia cardíaca que Maria Guilhermina passou desde que nasceu. A criança veio ao mundo com com condição rara chamada Anomalia de Ebstein.

Para esclarecer sobre a condição a filha de Juliano Cazarré e Letícia Cazarré, OFuxico conversou com a Dra. Juliana Rodrigues Neves, especialista em Cardiologia Pediátrica e Diretora do Departamento de Intervenções em Cardiopatia Congênitas da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).

A anomalia de Ebstein consiste em uma má formação rara da valva tricúspide. Ela se desenvolve em cerca de 1% de todas as cardiopatias congênitas e, quando ocorre, a válvula tricúspide é malformada, ficando posicionada em uma área muito baixa, o que possibilita o escape do sangue para trás a partir do ventrículo para o átrio. “A anomalia de Ebstein é uma cardiopatia congênita rara e na sua forma neonatal como foi o caso da Maria Guilhermina, ela é extremamente rara.  A cardiopatia congênita do tipo anomalia Ebstein ocorre em 01 a cada 20 mil recém-nascidos”, ressalta a doutora Juliana Rodrigues Neves.

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Maria Guilhermina, filha de Juliano Cazarré, internada
Maria Guilhermina, filha de Juliano Cazarré, internada – Foto: Reprodução Instagram @leticiacazarre

Tudo isso resulta no aumento do átrio e a “atrialização” do ventrículo direto, ocasionando uma insuficiência cardíaca congestiva e um back-up do fluxo sanguíneo, que pode fazer com que se acumule líquido nos pulmões. Além disso, também surge um fluxo insuficiente de sangue vermelho para o corpo.

“A anomalia de Ebstein se trata de uma má formação em uma das válvulas do coração, que abrem para deixar o sangue passar e fecham para que ele não retorne pelo caminho de onde veio. Então, nesta condição, há uma anomalia da válvula chamada triplos. A válvula tricúspide é a porta de entrada do coração e permite que os vasos que trazem o sangue já usado (já retirado o oxigênio pelo corpo), e eles retornem ao coração, passam pela válvula tricúspide e seguem para o pulmão para receber esse oxigênio de volta. A anomalia de Ebstein é uma doença desta válvula, que está implantada mais baixo do que o seria o normal. Sendo assim, a doença se torna mais grave quanto mais baixo for essa implantação da válvula”, explica.

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Letícia e Juliano Cazarré, em fotomontagem onde seguram a filha, Maria Guilhermina
Foto: Reprodução Instagram @leticiacazarre

A especialista também esclareceu como é feito o diagnóstico em casos como o da filha recém-nascida do ator Juliano Cazarré. “Nesse caso, o diagnóstico foi realizado ainda dentro do útero. Isso é feito por meio de um exame que se chama ecocardiograma fetal, feito por um médico cardiopediatra, especialista em realizar o ecocardiograma ainda na barriga da mãe, é com esse ultrassom que se determina a forma da doença de Ebstein, o grau de repercussão e se vai ser necessário uma intervenção logo após o nascimento ou não”.

Em relação ao tratamento, ela ressaltou que existem várias formas anatômicas da anomalia, sendo que a mais grave é a de apresentação neonatal e exige uma intervenção logo após o nascimento.

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O bebezinho diagnosticado com a anomalia de Ebstrein nasce precisando de outra passagem de sangue para o pulmão que não seja a passagem normal, que seria via válvula tricúspide e artéria pulmonar. Por isso, precisa passar por um procedimento logo após o parto. Existem duas formas de intervir nesses bebês: A primeira é uma cirurgia de peito aberto em que o cirurgião coloca um tubinho e cria uma passagem desse sangue para o pulmão, e a outra é um procedimento feito por cateterismo, em que é inserido um stent, que consiste em uma pecinha de metal que faz com que esse sangue passe para o pulmão por uma veia que todo bebê tem dentro da barriga da mãe que chama canal arterial, mas que tende a fechar após o nascimento. Ou seja, o stent impede o fechamento deste canal”.

“Caso o bebê não passe por nenhuma intervenção, ele desenvolve o que a gente chama de cianose, o recém-nascido com a oxigenação mais baixa”, finalizou.

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