Lexa é portadora de doença autoimune; especialista explica tudo!

Por - 13/09/23 às 15:00

Lexa de olho arregalado, falando ao microfone sobre doença autoimuneFoto: Reprodução YouTube


Aos 2 anos, a cantora Lexa participou do podcast “PodPeople”, – de Ana Beatriz Barbosa, médica psiquiatra e apresentadora – recentemente, e por lá ela revelou que recebeu o diagnóstico de uma doença autoimune, a tireoidite de Hashimoto. A artista explicou que sua descoberta veio após enfrentar episódios frequentes de esquecimento. Ela disse que sua memória parecia estar falhando e que os esquecimentos eram constantes.

Lexa contou o que sentiu,ao descobrir a doença: “A minha memória parece que é meio curta, tenho esquecimentos o tempo inteiro. Percebi algumas coisas. Quando recebi o diagnóstico, fiquei muito triste. Ninguém quer ter uma doença autoimune.”

A descoberta da doença veio após uma série de exames feitos pela cantora: “Fui fazer uns exames que minha ginecologista pediu. E aí eu descobri que eu tenho uma doença chamada tireoidite de Hashimoto.”

OFuxico conversou com a nutróloga, Dra. Fernanda Cortez, que explicou sobre a doença.

“A Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune em que a tireoide se auto-ataca, liberando anticorpos contra si mesma. Com o passar do tempo, essa inflamação causada por essa doença autoimune pode levar à inflamação da tireoide, e essa inflamação, ao longo do tempo, pode resultar em uma produção reduzida de hormônios, levando ao hipotiroidismo. São, portanto, duas doenças distintas. A Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune, que pode coexistir com o hipotiroidismo, pois essa baixa produção de hormônios da tireoide pode se desenvolver a partir dela. Ela costuma destruir progressivamente as células da tireoide”, disse a Dra.

Fernanda contou que fazer exames que detectam a doença são muito importantes, pois ela pode ser confundida. “É muito importante fazer exames para detectar a Tireoidite de Hashimoto, pois muitas pessoas acreditam que apenas o TSH (hormônio estimulante da tireoide) é suficiente para avaliar a função tireoidiana. Na verdade, o TSH pode não detectar essa disfunção por um longo período. Para diagnosticar a Tireoidite de Hashimoto, é fundamental fazer dois exames em particular: o Anti-TPO e anti-tireoglobulina. Esses dois exames permitem avaliar o grau de inflamação da tireoide e se os anticorpos estão atacando a mesma.”

De acordo com a Dra, existem sintomas que acendem um sinal de alerta: sobre a Tireoidite de Hashimoto: “São sintomas muito semelhantes aos do hipotiroidismo e incluem fadiga, sonolência excessiva, pensamento lento, dificuldade de memória, prisão de ventre, pele seca, unhas fracas, queda de cabelo, ganho de peso, intolerância ao frio e palpitações cardíacas.”

“A doença tem causas genéticas, mas também pode ser influenciada por hábitos alimentares. Uma dieta altamente inflamatória e o desequilíbrio na flora intestinal podem agravar a inflamação na tireoide. Portanto, o tratamento é multidisciplinar e inclui não apenas a identificação dos anticorpos da tireoide, mas também mudanças na alimentação. Isso pode envolver a eliminação do glúten, adoção de uma dieta anti-inflamatória com baixo teor de glúten, lactose e alimentos processados, e a suplementação com substâncias como ômega-3 e vitamina D em doses adequadas para reduzir a inflamação.”

A Dra. Fernanda Cortez salientou a importância de corrigir deficiências de vitaminas no organismo, com tratamento correto e direcionado à doença.

“É importante corrigir deficiências vitamínicas e monitorar os marcadores inflamatórios no sangue. O tratamento também pode envolver a administração de medicamentos para controlar a doença autoimune. Atividade física regular também pode ajudar a controlar a inflamação no corpo, beneficiando a tireoide e prevenindo a progressão da doença para o hipertiroidismo. A Tireoidite de Hashimoto não tem cura, mas com o tratamento adequado, é possível controlar a doença e levar uma vida de qualidade.”

Por fim, ela ressaltou a importância de identificar os sintomas: “Portanto, a identificação dos sintomas, os exames de sangue e o tratamento adequado são essenciais para lidar com a Tireoidite de Hashimoto e suas complicações.”

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