“Nunca falei que seria candidato a qualquer coisa”, diz Luciano Huck

Por - 29/08/21 - Última Atualização: 30 agosto 2021

Luciano Huck sentado de camisa pretaLuciano Huck no Fantástico (Reprodução TV Globo)

Luciano Huck começa no próximo domingo, 05 de setembro, seu novo programa “Domingão com Huck”, ocupando as tardes dominicais da TV Globo. O apresentador conversou com Renata Ceribelli no “Fantástico”, deste domingo, 29 de agosto, onde contou um pouco mais esse projeto, além do livro que está lançando, contando um pouco de sua vida profissional e pessoal, perto de completar 50 anos de vida.

“Prefiro o Luciano dos 50 do que dos 40. Assim como eu preferia o dos 40 do que dos 30, como eu prefiro dos 30 em relação aos 20”, começou ele. E lembrou um pouco do seu começo na televisão, apresentando um quadro no programa de Otávio Mesquita, na TV Gazeta, além do “Hora H”, na Band.

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“Antes da Globo foi um aprendizado, uma descoberta um pouco ingênua, ainda muito pós adolescente. O que me transformou, mesmo foram os últimos 20 anos.”

CRESCIMENTO

Em seu livro, Huck escreveu que a chegada a televisão o fez ver que ele vivia em uma bolha, pois era de uma família que o proporcionava morar em casas confortáveis e estudar em bons colégios.

“Acho que a maturidade é isso. A televisão teve um papel importante de me levar para os lugares. De conhecer os recortes todos deste país. De entrar na casa das pessoas, de ser recebido… acho que a maturidade é isso. Primeiro é entender que o mundo vai muito além do seu umbigo. E começar é começar a prestar atenção nos outros e ver que o bacana é misturar.”

Esse crescimento o fez abrir a cabeça para assuntos importantes dentro da sua própria família: “No livro eu trato quando meu irmão conversou com minha mãe falando que ele era gay. Se falar que foi fácil isso, vou dizer que é mentira. Tenho maior orgulho do meu irmão. Tenho orgulho do que ele representa, tenho maior orgulho do ativismo dele, me ensinou tanta coisa.”

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ACIDENTES

Outro ponto importante abordado por Luciano foram os dois acidentes que marcaram sua vida. O primeiro foi o pouso forçado do avião que ele e a família viajavam para o Mato Grosso, em 2015.

“Quando eu vi que a gente ia cair, eu falei: ‘Aperta o cinto todo mundo e abaixa a cabeça’. Eu consegui ter essa frieza de tentar organizar aquele pânico. Entre a gente perder o motor e a gente bater no chão foram talvez 4 minutos. E 4 a 5 minutos nessa situação é um século. Cada um superou da sua maneira. A Angélica, ao invés de ir para os ansiolíticos, ela foi para a meditação e trouxe para dentro de casa. A meditação levada a sério, a yoga levada a sério e que contagiou a todos nós.”

O apresentador lembrou também do acidente aquático que o filho Benício sofreu, batendo cabeça em uma prancha e tendo que passar por uma cirurgia de emergência.

“Esse foi o mais difícil. No avião, talvez se morresse, morresse todo mundo. O Beni estava sem capacete, que foi um equívoco. Virei um defensor de capacete em qualquer ocasião. Vim com ele para o Rio e 2 horas depois me falaram que ele teria que fazer uma cirurgia intracraniana. Foram 6 horas de cirurgia. A imagem do Beni entrando no centro cirúrgico e a Angélica caindo de joelhos, gritando… e depois você vê uma mãe indo para o quarto se ajoelhar e ficar 6 horas rezando sem levantar… É quando você vê a divisão entre a felicidade e o caos é uma linha tão tênue. A vida é tão um sopro. A gente tem que dar tanto valor aos momentos de felicidade que a gente tem. Minha vida mudou.”

CANDIDATURA

Luciano explicou sobre as notícias de que ele poderia se candidatar à presidência da república, nas eleições do ano que vem. Porém ele tratou logo de dizer que essa nunca foi sua intenção.

“Você nunca vai ler uma linha minha, em lugar nenhum, que falei que seria candidato a qualquer coisa. Nunca! Estou no debate público e vou continuar no debate público. Se você me perguntar minha opinião sobre qualquer assunto eu vou te dar. Eu nunca lancei uma candidatura. Obviamente que pensei nisso. E o que me fez pensar foi uma conjuntura em que o país que tem uma enorme potencialidade como o Brasil e uma enorme desigualdade como o Brasil… eu adoraria que fosse o país do futuro como a gente sempre ouviu, mas isso não aconteceu até hoje.”

“Você desistiu?”, perguntou Renata Ceribelli.

“Não cheguei a desistir. Acho que eu estar aqui apresentando o Domingão na semana que vem é o que eu tinha que fazer. É orgânico. É o que eu sei fazer. É minha contribuição. Um país que está dividido. Se a gente pensa diferente a gente é inimigo. Se a gente não gosta das mesmas coisas a gente não pertence ao mesmo grupo.”           

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DOMINGO DE SOL

Antes de finalizar a entrevista, ele revelou o que espera de seu novo programa: “O domingão que eu acredito é um domingão solar. É um domingão divertido, um domingão bem-humorado. É um domingão que celebra as coisas boas da vida, mas que ao mesmo tempo ele quer resgatar a esperança. Ele quer juntar os cacos. Estou muito seguro e feliz com a atitude que tomei. É um domingo com todo mundo. É o dia em que a família se reúne na frente da televisão e a gente tem que entrar com muito respeito na casa das pessoas. Estou louco para dar meu primeiro abraço de volta.”

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