Caso de homofobia sofrido por Gil do Vigor tem impasses de “panelinha”

Por - 08/09/21

Foto de Gil do Vigor no estádio do Sport Club RecifeReprodução/Instagram @gildovigor

Eita! Parece que o caso de homofobia sofrido por Gil do Vigor após uma visita ao estádio do Sport Club do Recife, time para que ele torce, não tem sido investigado como deveria.

Segundo informações do UOL Esporte, um grupo formado por integrantes da Comissão de Ética e Disciplina do Sport estaria interferindo e travando o caso que tem como principal personagem o conselheiro do clube Flávio Koury.

A acusação foi feita pelo também conselheiro Romero Albuquerque ao UOL. Ele já tinha feito a denúncia original do caso. Em maio, Koury proferiu falas homofóbicas contra Gil que, na passagem pela “Ilha do Retiro”, deu entrevista, posou para fotos e fez a famosa coreografia “tchaki tchaki”. 

De acordo com Albuquerque, a notificação ao advogado sobre a investigação foi realizada apenas no dia 27 de agosto, ou seja, quatro meses depois do ocorrido.

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“Chegamos a propor na última reunião do conselho o afastamento dos membros da Comissão de Ética porque eles não estavam cumprindo o prazo e não tinham nenhum interesse em levá-lo adiante. A previsão legal era que o presidente da comissão mudasse os integrantes da comissão. Existe uma panelinha lá e decidiram por não aprovar o requerimento para mudar a comissão que não quer dar continuidade”, disse Albuquerque.

A tal Comissão de Ética foi instaurada para analisar o caso homofóbico no dia 8 de junho, quase um mês após o que aconteceu. No entanto, a notificação chegou para Flávio quase quatro meses depois da acusação. 

De acordo com Albuquerque, essa demora originou o pedido de afastamento dos membros da comissão de ética citado por ele. O órgão tinha 30 dias, a contar da data da nomeação, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias, para fazer a avaliação do caso.

“Está previsto no regimento que, caso não se posicionem no prazo previsto, o presidente tem que destituir os membros da comissão e convocar novos membros. Mas não foi feito”, afirmou Romero. 

Após o esgotamento dos prazos, segundo Albuquerque, a notificação foi aprovada e enviada. Agora, é aguardada a defesa de Koury, que tem 15 dias de prazo para se manifestar. Então, a Comissão de Ética vai encaminhar seu parecer ao Conselho Deliberativo. 

Ainda por meio do denunciante, a amizade dos membros da Comissão de Ética com Flávio Koury sugere que o caso dificilmente resultará em uma punição.

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RELEMBRE O CASO

Em maio, um áudio de teor homofóbico foi enviado ao UOL. Nele constava uma mensagem atribuída a Flávio Koury, em que um homem se mostra revoltado com a coreografia do economista encenada no estádio do Spot Club Recife. 

“Se ele tivesse feito essa dancinha na casa dele ou no bordel, eu não estava nem aí. Foi dentro da Ilha do Retiro, né rapaz? Isso é uma desmoralização! Isso é ausência de vergonha na cara. É isso que estamos vivendo. Não tem mais respeito por pai e filho. É a depravação. Isso é o retrato do que o PT deixou pra gente. É exatamente isso.”

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