Klara Castanho fala de personagem em ‘Bom Dia, Verônica’: “Maior desafio”

Por - 18/08/22

Klara Castanho em cena de "Bom Dia, Verônica", da NetflixFoto: Reprodução/Netflix

Klara Castanho utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira, 18 de agosto, para falar com seus seguidores e compartilhar um pouquinho sobre o processo de desenvolvimento de sua personagem na segunda temporada de “Bom Dia, Verônica”, série de sucesso da Netflix

Na trama, Klara interpreta Ângela, filha de Matias Carneiro (Reynaldo Gianecchini), um líder religioso que abusa de mulheres em busca de uma “cura” e está envolvido em um sistema de corrupção que afeta diretamente o andamento da série. Em estado de constante pressão psicológica dentro de sua própria casa, a garota é retratada diversas vezes engolindo botões de suas próprias roupas quando está nervosa ou ansiosa.

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O transtorno sofrido pela personagem, que também é uma das vítimas do próprio pai, é chamado alotriofagia, também conhecido como Síndrome de Pica. A condição consiste, basicamente, no desejo e consumo de itens que não são comestíveis, e pode ser causada por estresse, TOC, depressão, deficiência nutricional, entre outros. 

Em seu perfil, Klara reuniu uma série de fotos dos bastidores de suas cenas na nova temporada da série e escreveu um pequeno, mas emocionante, texto na legenda. “Minha Angela. Meu maior desafio e um dos meus grandes amores. Obrigada por me ensinar, obrigada por me acolher e obrigada por existir. Fui minuciosa para te fazer. Em cada olhar, em cada respiração e a cada botão”, começou ela.

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“Eu sempre sou extremamente cuidadosa em relação aos meus personagens, mas ela me tirou de qualquer zona conhecida. Conforto não existia para essa menina. Que bom ver o quanto vocês a amam. Ela é linda. Ela é delicada. E ainda bem que é minha. Obrigada a vocês, e muito obrigada a ela”, finalizou. 

Veja o post:

CENAS EDITADAS

Ilana Casoy é um dos nomes mais em alta do momento, afinal, ela é a autora tanto dos livros quanto da série da Netflix (essa escrita junto de Raphael Montes) “Bom dia, Verônica”, que virou um fenômeno no território brasileiro. Além disso, ela escreveu diversos livros sobre crimes reais.

Porém, a segunda temporada da atração, que estreou recentemente na Netflix e tem como tema abusos de forma geral, chegou a ser lançada pouco tempo após Klara Castanho denunciar ter sido vítima estupro, quando sua vida íntima foi vazada por jornalistas e uma enfermeira.

Isso gerou diversas especulações de que algumas cenas teriam sido editadas na série (Klara interpreta Angela, filha de um pastor envolvido em escândalos sexuais) em consideração ao que a artista passou. Todavia, em entrevists ao Splash UOL, Ilana negou que fosse o caso.

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“Os capítulos eram assim desde o começo. É um estilo que escolhemos. A vida das personagens dessa série já é muito pesada. São muitas mulheres que demoram para perceber o abuso. Eu também demoraria”, contou ela, que teria adotado uma abordagem menos violenta após críticas do exagero do assunto na primeira temporada.

“O público é inteligente, pode completar a cena. Eu te indico algo e você completa para mim. Não preciso mostrar uma transa para você entender que ela vai acontecer, você pode imaginar isso na sua cabeça”, disse ela. “Não pode haver diversão neste assunto”, completou Casoy.

AJUDANDO KLARA CASTANHO

Ainda na mesma entrevista Ilana Casoy afirmou acreditar que a história de Angela na trama ajudou Klara Castanho a lidar com tudo que sofreu. Lembrando que o abuso teria ocorrido após as gravações da segunda temporada de “Bom dia, Verônica”.

“Talvez, a história da Angela tenha ajudado Klara a passar pelo que ela passou. A gente não imagina, mas é a história de tantas outras mulheres. Angela deu voz para a Klara, que deu voz para a Angela”, afirmou ela.

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“Para muitas mulheres, saber a história da Klara pode ter ajudado. Apesar da sua própria dor, ela conseguiu se reestruturar e usar em benefício da sociedade. Ela denuncia tudo o que aconteceu”, declarou a escritora.

“Nesse caso, felizmente, as duas saem em pé. Claro que o que aconteceu na vida pessoal de Klara foi uma tragédia, mas muitas vezes não é o que você vive, mas o que você faz com isso”, concluiu Ilana Casoy.

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