Rafael Cortez lança álbum ‘Que Sorte A Minha’ e detona Bolsonaro: ‘O que é dele está guardado’

Por - 28/10/21

Retrato Rafael CortezDivulgação

Nesta quinta-feira, 28 de outubro, Rafael Cortez deu uma entrevista para o OFuxico e comentou sobre o lançamento do álbum “Que Sorte A Minha”, que chega nas plataformas digitais no dia 5 de novembro. O humorista relembrou a escolha do nome do álbum.

“‘Que Sorte A Minha’ sintetiza esse privilégio que eu tive de conseguir bolar músicas relativamente boas. Eu tenho muita segurança em dizer que é um álbum que é relativamente bom, eu acho que as músicas são bonitas e elas estão muito bem gravadas, estão muito bem arranjadas com músicos muito legais e a produção musical de um cara que eu acho fantástico, que é o Pedro Mariano. Isso aconteceu durante uma pandemia. Em uma pandemia em que pessoas estão morrendo, em que tanta gente está sofrendo, eu acho que foi um privilégio eu conseguir fazer um álbum desses, gravar um álbum desses e ainda na pandemia, porque não acabou, lançar esse disco. Uma das músicas já chamava ‘Que Sorte A Minha’ e é o título ideal porque passar por isso e sair vivo, não ter pego Covid, ter uma família que não pegou Covid, seguir trabalhando, isso só pode ser sorte”, disse ele.

O álbum também conta com a participação de Rafaela Mariano, neta de Elis Regina. “A Rafa é uma artista e ela está muito protegida pelos pais, ela é muito blindada para não ficar deslumbrada. Isso não faz dela nada estrela, nada afetada. A Rafa é uma menina muito precoce para a idade dela. Ela tem 15 anos e ela compõe bem, ela canta bem. E ela tem o pé no chão, isso é bonito de ver. Ela vai ser uma artista se ela quiser e o fundamental ela já tem, que é a cabeça no lugar. Quando a gente começou a fazer uns testes, o Pedro ia sugerindo estilos de arranjo que ele queria e colocava a Rafa para fazer uma segunda voz para ilustrar. Aí falei ‘deixa ela gravar com a gente, ela é ótima’. Não gosto dessas coisas, no ensaio a gente faz com umas pessoas e na hora que está valendo troca por outras. Eu nunca faria isso com nenhuma pessoa que trabalha comigo. E foi a estreia da Rafaela em um estúdio e é lindo que isso aconteça em um disco meu”.

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O álbum é composto de 11 faixas, todas compostas por Rafael e o cantor revelou qual é a música mais especial para ele.

“‘Um Abraço’ é uma canção que eu ouço e falo ‘cara, eu fiz essa música’. Das minhas músicas, ‘Um Abraço’ é minha música mais bonita. Ela fala da necessidade da gente manter os abraços ativos, mesmo durante a pandemia. Ela foi composta no auge da pandemia, quando a gente não podia encostar um no outro. Nesse momento, minha avó fez 96 anos, a única avó que eu tenho viva. A gente achou que ia abraçar ela, que ia ter festa e não teve. A cuidadora dela mandou um vídeo dela cortando um bolo e a vovó ingênua, quase alheia a esse mundo cruel. Ela batendo palma no parabéns. Eu vi esse vídeo e desabei. A melodia que eu tinha na cabeça e a harmonia que eu já tinha, não vinha uma letra. Mas foi ver esse vídeo e a letra veio como se fosse psicografada. É a coisa mais linda por conta da minha avó, do momento que a gente estava, da falta de esperança. Essa música tem um negócio que vai me arrepiar até o fim da vida”, afirmou.

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Rafael ainda comentou sobre como enfrentou esse momento de pandemia. “Eu passei relativamente bem a primeira fase da pandemia. Eu nunca menosprezei a doença e o isolamento social. Eu jamais fui negacionista e tenho todas as birras com os negacionistas, esses aí não precisam nem me seguir. Eu acreditei muito nisso e fiz a minha parte. Nos primeiros dias eu fiquei bem deprimido, mas logo depois comecei um processo de reação. Na pandemia, eu virei uma máquina. Fiz um show de stand up sobre isolamento social, é o ‘Antivírus – O Show’, em paralelo eu já estava compondo essas músicas. Eu trabalhei muito. Esse ano eu comecei a fraquejar, entre maio e junho que fiquei deprimido. Mas passou já”.

POLÍTICA

Durante a conversa, Rafael Cortez também falou de política e não escondeu sua insatisfação com o governo de Jair Bolsonaro.

“É uma situação trágica e o povo brasileiro tem muita culpa disso. Não só os eleitores do Bolsonaro, que são responsáveis diretamente por isso, mas a oposição tem culpa. O povo politizado tem culpa. A gente tem colocado a política em um lugar de chacota, de saco cheio. Política para muita gente é tudo igual. Tem uma coisa no brasileiro que tudo vira primeiro um meme e depois passa a ser debatido. Quando o brasileiro primeiro se posicionar diante da desgraça e depois, com a coisa resolvida, fizer uma piada do que passou, esse País vai para a frente. O maior problema da política é que o povo brasileiro ou coloca a política em um lugar de saco cheio ou não leva a sério. E a gente está se f****** de verde e amarelo, a população está lutando por osso em açougue. As pessoas passando fome. O cenário político está muito dicotômico, são sempre as mesmas alternativas e uma apatia generalizada até por quem manja de política”.

O artista já tem em mente em quem pretende votar nas eleições de 2022. “Eu vou votar no Lula, eu sou completamente anti Bolsonaro, eu não suporto o Bolsonaro, eu acho o Bolsonaro uma lástima. O que é do Bolsonaro está guardado. Se ele não for julgado no âmbito Brasil, será no âmbito mundial, em um fórum internacional, ele sabe disso”.

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NOVO PROGRAMA

Ainda no mês de novembro, Rafael Cortez estreia o programa “Matéria Prima”, na TV Cultura, e ele garantiu que não é uma releitura do programa apresentado por Serginho Groisman entre 1990 e 1991.

“Primeiro, não é uma tentativa de copiar o Serginho Groismann ou o programa que ele fazia. As pessoas precisam entender que o formato que a gente vai apresentar é um formato novo. É a primeira vez que um talk show acontece dentro de uma faculdade. É um processo onde os estudantes da faculdade trabalham comigo para ganhar prática de mercado. É um programa que também tem uma responsabilidade social muito grande, eu quero que jovens de comunidades periféricas se sintam representados. Eu tenho um quadro chamado ‘Ponto de Vista’, onde jovens de comunidades vão ter espaço para mostrar a comunidade de uma maneira muito diferente dessa visão caricatural, que quem não é de comunidade tem. Eu também vou ter uma relação com adolescentes, do ensino médio, que são a minha banda. Eu nunca vou ter uma banda fixa. Esse nome veio como uma oferta muito generosa, o nome está registrado pela TV Cultura há muitos anos e eles me emprestaram e ao fazer isso, a emissora me dá um selo de qualidade”, comemorou ele.

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