Música às 19:20

Maria Rita e Guilherme Arantes cancelam presença em disco de Sérgio Reis

fotomontagem de maria rita de óculos, guilherme arantes no ding dong e sérgio reis em entrevista
Reprodução/Instagram/Montagem

Os últimos dias tem sido bastante envolto de polêmicas em relação ao nome de Sérgio Reis, e pelo jeito, está tudo longe de acabar se depender dos eventos desta sexta-feira, 20 de agosto, em que a Polícia investigou a casa do cantor sertanejo, lhe rendendo uma declaração polêmica.

“Eu não tenho medo de ser preso. Não sou frouxo. Não sou mulher. Cadeia é para homem”, ele chegou a dizer em dado momento sobre as possibilidades de ser preso após convocar os caminhoneiros para uma greve favor de Jair Bolsonaro e cobrar deles uma pressão sobre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, além de atos antidemocráticos.

A declaração de teor machista não agradou a muitas pessoas, inclusive a colegas de profissão de Sérgio Reis, como Maria Rita e Guilherme Arantes, que cancelaram a participação deles no novo disco do cantor sertanejo.

“Maria Rita não faz mais parte do projeto (de Sérgio Reis)”, disse a assessoria da artista ao jornal Extra, de forma bem sucinta. Ela já havia gravado com o sertanejo uma versão inédita para a música “Romaria” (de Renato Teixeira), famosa na voz de Elis Regina, mãe da cantora.

Já Guilherme Arantes falou diretamente com o jornal, explicando quais os motivos que o levaram a cancelar sua presença no projeto de Sérgio Reis, na qual gravariam o dueto inédito “Planeta água”.

“Para mim, compositor, a gota d’água, sem querer brincar de trocadilho, foi esse colega dizer que não é frouxo, que não é mulher. Para mim, essa expressão bastou. Chega. Não quero mais participar, e ponto final”.

“‘Planeta água’ é uma ode ao espírito feminino da natureza, chave da alma brasileira. A água é o elemento-símbolo do Brasil, elemento-chave da natureza feminina do universo. E é no feminino que está a força desse elemento da vida. Assim, e só por conta desse equívoco, ficou incompatível a canção com o intérprete”, declarou Guilherme Arantes.

CONFIRA A DECLARAÇÃO COMPLETA DE SÉRGIO REIS

A repercussão negativa fez com que Serjão se arrependesse de ter gravado os tais vídeos: “Eu me arrependo, sim. Eu estava conversando com um amigo. Era tudo brincadeira. Ele postou no grupinho dele e aquilo foi para fora. E isso me prejudicou muito. Não era a minha intenção”, disse ele ao O Globo.

“Não temos que quebrar nada. Tem que fazer uma passeata serena, sem briga. Sem nada. Eu me arrependo demais de ter falado com um amigo. Amigo da onça, sabe como é”, afirmou ele.

“Eu não tenho medo de ser preso. Não sou frouxo. Não sou mulher. Cadeia é para homem. Eu não saí daqui de casa. Estou aqui em casa quietinho. Se a federal vier me buscar, eu vou. Não matei ninguém. Não prejudiquei ninguém”.

“Nunca falei mal de nenhum ministro. Agora, se os caminhoneiros querem ir lá, eles me ouvem muito e me perguntam: ‘Sérgio, a gente quer fazer’. Aí eu falo: ‘A vida é de vocês. Se querem fazer, façam’”, completou ele.

ENTENDA TODA A POLÊMICA

Sérgio Reis, 81 anos, foi às lágrimas ao falar da repercussão de um áudio que tomou as redes sociais, nos últimos dias, com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante uma live na web, o artista afirmou que sua intenção era que os pedidos de afastamento de ministros do STF fossem apenas estudados pelo senado.

“Não pedi para que acabasse com nada. Eu pedi que fizessem… que esses impeachments fossem estudados. Vamos fazer. Se o povo não for para as ruas no dia 7 de Setembro, Brasília não vai fechar. Então não vai adiantar nada. O Exército não pode fazer nada, o presidente não pode fazer nada e nós não podemos fazer nada. Estamos fazendo a nossa parte”, disse.

Sérgio ainda contou que sua esposa também tem ficado abalada e que tem “chorado bastante” com o mal-entendido.

No áudio, que se espalhou pelas redes sociais, o artista afirma que, além dele, caminhoneiros e produtores de soja fariam um ato em Brasília. O objetivo seria a aprovação do voto impresso,  além do afastamento de ministros do STF.

Recentemente, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Sérgio negou que esteja organizando a paralisação dos caminhoneiros marcada para Dia da Independência do Brasil.

“Eu sou uma pessoa que tem conhecimento profundo sobre o que acontece no país referente aos caminhoneiros, como eles são muito ligados e todos eles ouvem os meus programas, me falaram: ‘Sergio, dá uma força’. E eu falei: ‘Tudo bem, vamos lá’. Não sou eu o líder”, afirmou o artista.

“O que nós queremos é que todos esses impeachments sejam estudados e analisados e eles não fazem nada. Então, agora nós vamos pedir. Eu só estou nessa briga porque eu devo ao povo”, explicou o ex-parlamentar.

“Falam que o povo precisa comer, o povo precisa de saúde, o povo precisa que devolvam o dinheiro que roubaram”, apontou Sergio Reis.

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