De volta ao teatro, Vera Fischer dispara: “Atores não são robôs”

Por - 01/09/22 às 23:30

Vera Fischer revela insegurança no palco após 40 anos de teatroFoto: Divulgação

Vera Fischer está oficialmente em cartaz na capital paulista. Ela estreia “Quando eu for mãe, quero amar desse jeito” em São Paulo, nesta sexta-feira, 2 de setembro. Ela divide o palco com Larissa Maciel e Mouhamed Harfouch.

Em entrevista a OFuxico, falou a respeito da montagem e da carreira de 50 anos na televisão, no teatro e no cinema.

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O texto já passou por grandes cidades, com estreia no Rio de Janeiro, apresentações em Santos, Campinas, entre outros. Na conversa, ela falou sobre o desenvolvimento da turnê e a chegada a São Paulo.

A primeira apresentação acontece para convidados, críticos e amigos. Para a estrela, é um desafio.

“Estreia para convidados é uma coisa que a gente fica mais aflito, até porque são seus colegas, são pessoas que julgam bastante. Como a gente já está dentro do personagem há tanto tempo, eu acho que a Dulce vai mostrar alguma coisa diferente da estreia no Rio”, diz.

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Vera também falou a respeito da profissão. De acordo com ela, ser ator requer técnica, mas é algo humano, que precisa de emoção, cuidado e evolução contínua. Em comparação, define que atores não são “robôs”.

A cada dia existe uma coisa diferente, eu não sou um robô, os atores não são robôs. Eles não agem igualzinho todos os dias, sempre tem algum somatório que a gente pode usar”

Ela continua: “É um jogo, estamos jogando o tempo todo, porém não é um jogo técnico. Tem a técnica, mas também tem a pessoa viva ali. Não dá para explicar, tem que ver”.

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Vera Fischer divide o palco com Larissa Maciel e Mouhamed Harfouch
Vera Fischer divide o palco com Larissa Maciel e Mouhamed Harfouch. Foto: Beatriz Damy / AgNews

FRIO NA BARRIGA

Vera também falou a respeito do nervosismo para fazer teatro. Com 30 anos de experiência em cima dos palcos, a estrela global afirma que não parou de sentir um “frio na barriga” antes de entrar em cena. Para ela, é algo inerente à profissão.

“Eu acho que o ator que não sente um frio na barriga antes de entrar em cena, ele não é ator, porque é uma coisa ao vivo, você tem que estar vivendo ali naquele momento o personagem”, pontua.

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E não é algo sem razão. Para a atriz, o teatro exige a mistura de algo que acontece dentro de um profissional que está vivendo a experiência de outra pessoa dentro de si. Os sintomas do nervosismo estão sempre por ali.

“É você, é dentro de você, na sua cabeça, na sua memória, no seu físico, no seu corpo, na sua expressão corporal, em tudo, nas intenções. Então, é um nervoso que dá sempre, a boca resseca, você fica ofegante, eu fico pelo menos”, reflete.

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A intérprete de Dulce em “Quando eu for mãe quero amar desse jeito” ainda opina sobre os colegas que talvez demonstrem certa tranquilidade antes de as cortinas se abrirem. Para ela, depois de tanto tempo em cima dos palcos, é algo difícil de acreditar.

Tem atores que são muito tranquilos, mas eu não acredito muito nisso, não. São muitos e muitos anos de estrada, de teatro, faço teatro desde os 30 anos, e é sempre a mesma coisa. Não é só na estreia não, são todos os dias.

"Quando eu for mãe, quero amar desse jeito" estreia temporada em São Paulo
“Quando eu for mãe, quero amar desse jeito” estreia temporada em São Paulo. Foto: Divulgação

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