Mais um? Globoplay terá documentário sobre medalhistas brasileiros em Tóquio

Por - 31/07/21

italo-ferreira-e-rayssa-leal-medalhistas-toquio-2020Reprodução/Instagram

Mais um documentário pra conta! Depois do sucesso de “A Vida Depois do Tombo”, que conta a trajetória de Karol Conká após o “BBB21” e “Você Nunca Esteve Sozinha”, que retrata a história de Juliette Freire, campeã do reality show, o Globoplay mostrou que está pronto para apostar ainda mais nesse tipo de produção.

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Com a grande repercussão dos medalhistas brasileiros nas Olimpíadas de Tóquio, a plataforma de streaming aproveitou a oportunidade de produzir uma série documental sobre a vida deles. 

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De acordo com as informações do jornal O Globo, uma equipe já está na Baía Formosa gravando com a família de Ítalo Ferreira, surfista que ganhou medalha de ouro na estreia do surfe nos jogos olímpicos. A skatista Rayssa Leal, que ficou conhecida como Fadinha e conquistou a medalha de prata para o Brasil, também deve ser tema de um dos episódios.

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Ainda não há previsão de estreia da obra ou de como a produção vai funcionar.

QUEM É ÍTALO FERREIRA, O SURFISTA QUE GARANTIU O OURO PARA O BRASIL?

Ele tem só 1,68m, mas quando entra no mar, Ítalo Ferreira se torna um gigante. E foi com todo esse talento que o surfista foi o pioneiro em várias vertentes: trouxe a primeira medalha de ouro do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio e a primeira medalha de ouro no surfe, na estreia do esporte nos Jogos Olímpicos.

Enquanto os mais leigos no assunto apenas conheciam Gabriel Medina, Ítalo Ferreira, que é o atual campeão mundial, não viu obstáculos para chegar ao lugar mais alto do pódio e trazer a medalha para casa.

Porém, para quem não acompanha o esporte, surgiu aquela dúvida: “Mas quem é Ítalo Ferreira?”.

Pois bem, vamos lá!

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Aos 27 anos, Ítalo Ferreira é um dos nomes mais conhecidos do surfe atualmente. Natural de Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, o atleta se apaixonou pelo surfe aos 8 anos de idade, mas só ganhou a primeira prancha aos 10, quando venceu o primeiro torneio local.

Antes, só conseguia praticar com pranchas emprestadas dos primos ou usava as tampas das caixas de isopor do pai, que vendia peixe na cidade.

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SUCESSO NO ESPORTE

A partir de 2014, Ítalo começou sua trajetória de sucesso, sendo bicampeão mundial Pro Júnior, campeão brasileiro e conseguir a classificação para integrar a Liga Mundial de Surfe (WSL), a elite do surfe mundial.

Mostrando a que veio, em 2015, já se tornou o Rookie of The Year, prêmio dado ao melhor novato da competição e terminou a competição na sétima posição.

Mas a glória maior veio em 2019, quando foi campeão mundial da WSL, após uma vitória em Pipeline, no Havaí, sobre o bicampeão Gabriel Medina, se tornando o terceiro brasileiro a conquistar o título mundial.

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Como em 2020 o campeonato não aconteceu por conta da pandemia, Ítalo Ferreira é considerado o atual campeão mundial.

Vale lembrar que até antes da disputa das Olimpíadas, ele era o segundo melhor surfista do mundo, atrás apenas de Gabriel Medina.

DEU QUASE TUDO ERRADO PARA AS OLIMPÍADAS

No ano de 2019, Ítalo Ferreira participou dos Jogos Mundiais de Surfe da ISA (Associação Internacional de Surfe), no Japão, quando aconteceu a disputa da vaga para a Olimpíada. Porém, o caminho não foi fácil.

Ítalo Ferreira teve o passaporte furtado nos Estados Unidos, quando teve o carro arrombado em Los Angeles e quase teve problemas com vistos por conta disso.

Depois de muita burocracia, conseguiu embarcar, mas a ameaça de um tufão fechou o espaço aéreo do Japão, o que o atrasou ainda mais. Ao desembarcar, foi direto para o local da competição sem as pranchas nem nada, apenas com a roupa do corpo, tanto que disputou a competição com uma bermuda jeans.

Chegando lá, vestiu a roupa de neoprene e surfou com uma prancha emprestada por outro brasileiro, Filipe Toledo.

Era para dar tudo errado, mas quando é para dar certo, não tem jeito.

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CASA DA AVÓ SERÁ UM INSTITUTO

Quem acompanhou a entrevista emocionante de Ítalo após a conquista da medalha olímpica, o surfista não esqueceu de sua avó, Dona Mariquinha, maior incentivadora de Ítalo no esporte.

“Eu queria que minha avó estivesse viva para ela ver isso. Para ver o que eu me tornei, o que eu consegui fazer pelos meus pais, por aqueles que estão ao meu redor. Não sei, não tenho palavras, só tenho a agradecer, realmente. É algo que eu almejei bastante, que eu sonhei. Tá lá do lado da minha cama essa frase que eu falei no início (“Diz amém que o ouro vem”). Todo dia eu orei às 3h da manhã, pedi a Deus que ele realizasse meu sonho. E taí, meu nome está escrito na história do surfe” disse Ítalo em entrevista à TV Globo.

A intenção de Ítalo é fazer com que a antiga casa da avó seja um instituto para dar oportunidade às crianças do Rio Grande do Norte de ter uma vida melhor através do esporte.

“Com essa oportunidade, vou poder contribuir um pouco mais na evolução dessa nova geração. Poder ter esses garotos dentro do instituto, poder ensinar e mostrar a eles que é possível, que eles podem alcançar o objetivo também”, chegou a dizer Ítalo disse Ferreira na época que o instituto foi anunciado, em janeiro deste ano.

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